Religião
Homilia: Dia Litúrgico, Sábado X do Tempo Comum
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Hoje Jesus continua a comentar-nos os Mandamentos. Os israelitas tinham um grande respeito para com o nome de Deus, uma veneração sagrada, pois sabiam que o nome se refere à pessoa e Deus merece todo o respeito, toda a honra e toda a gloria, de pensamento, palavra e obras. Por isso —tendo presente que jurar é pôr Deus como testemunha da verdade que dizemos— a Lei mandava-lhes: «‘Não jurarás falso’, mas ‘cumprirás os teus juramentos» (Mt 5,33). Mas Jesus ainda vai aperfeiçoar a Lei (e, portanto, a aperfeiçoar-nos segundo a Lei) e dá um passo mais: « não jureis de modo algum, nem pelo céu (…), nem pela terra (…)» (Mt 5,34). Não que jurar em si mesmo seja mau, mas, são necessárias determinadas condições para que o juramento seja lícito, como por exemplo, que haja uma causa justa, grave, séria (pensemos no caso de um juízo) e que aquilo que se jura seja verdadeiro e bom.
Mas o Senhor ainda nos diz mais: «Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não.» (Mt 5,37). Quer dizer, convida-nos a viver a veracidade em todas as ocasiões, a conformar o nosso pensamento, as nossas palavras e as nossas obras na verdade. Mas, o que é a verdade? É a grande pergunta que já vemos formulada no Evangelho, pela boca de Pilatos, no juízo contra Jesus, à qual tantos pensadores, ao longo dos tempos, procuraram dar resposta. Deus é a Verdade. Quem vive agradando a Deus, cumprindo os seus Mandamentos, vive na Verdade. Diz o santo Cura de Ars: «A razão porque tão poucos cristãos obrem com a exclusiva intenção de agradar a Deus é porque a maior parte deles estão submetidos à mais espantosa ignorância. Meu Deus, quantas boas obras se perdem para o Céu!» Devemos pensar nisto.
É conveniente formarmo-nos, ler o Evangelho e o Catecismo. Depois, viver segundo o que aprendemos.
Evangelho (Mt 5,33-37)
Rev. D. Jordi PASCUAL i Bancells
(Salt, Girona, Espanha)
https://jornalcontemplatio.blogspot.com/2018/06/secao-homilia-do-sacerdote-mt-533-37.html?m=1