Mato Grosso
Homem que tirou coração de tia em Mato Grosso já ameaçou mãe com facão e planejava outros crimes
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Autor do crime macabro que tirou a vida da própria tia na noite desta terça-feira (2), no município de Sorriso (420 km de Cuiabá), Lumar Costa da Silva tem um histórico problemático. Além de matar Maria Zélia Silva a facadas, arrancar o coração da vítima e o entregá-lo para a prima, o assassino já chegou a ameaçar a própria mãe com um facão e planejava novos crimes.
Lumar chegou a Mato Grosso no dia 28 de junho e ficou abrigado na residência da tia após ser expulso da casa onde morava, no estado de São Paulo, quando ameaçou matar a mãe e outros familiares com um facão.
Porém, a estadia com Maria Zélia não durou muito tempo. Lumar já teria se desentendido com vizinhos, e o estopim se deu quando a tia teria descoberto que o sobrinho era usuário de drogas e o mandou para sair de casa.
Ele estava morando temporariamente em uma quitinete, arrumada pelo primo. Mas tomado pela raiva, decidiu ir atrás da tia para assassiná-la.
Lumar invadiu a residência de Maria Zélia e a esfaqueou nas regiões do pescoço e do tórax. Não satisfeito, ele abriu o peitoral da vítima e arrancou o coração. Após a monstruosidade, o criminoso colocou o órgão em uma sacola e entregou para a prima, que era filha da vítima.
O homem ainda tentou fugir sequestrando a filha da prima, de apenas sete anos, mas foi impedido por um vizinho, que acionou a Polícia Militar. O homicida saiu e roubou o carro da filha da vítima. Na fuga, ele tentou colidir o veículo contra uma estação de rede elétrica, para acabar com a energia da cidade. Lumar foi capturado pela PM instantes depois.
Em depoimento ao delegado da Polícia Civil, André Ribeiro, o homem confessou o crime e relatou ainda que tinha o objetivo de matar outras pessoas. “Ele poderia ter feito outras vítimas. É um monstro. A menina (que ele tentou sequestrar, neta da vítima) poderia ter sido morta se não tivesse conseguido a chave do carro”, comentou.
O delegado disse que Lumar alterna momentos de lucidez e de transtornos e que pedirá laudos técnicos para atestar se o acusado tem algum tipo de problema mental. “Ele não fala nada com nada. Mas durante o interrogatório pediu advogado. Disse que ficaria em silêncio. Dá para ver que ele entende alguma coisa. Vou solicitar o exame psiquiátrico para ver se, de fato, existe um problema mental ou se está fingindo”.
Ele está preso ainda em situação de flagrante e deverá responder por homicídio qualificado por motivo fútil.