A herpes-zóster era, até pouco tempo, pouco conhecida entre a população. No último mês, dois casos chamaram a atenção nas redes sociais: o do cantor Justin Bieber, que apareceu em um vídeo com parte do rosto paralisado após uma complicação causada pela infecção viral e, mais recentemente, o da apresentadora Fernanda Keulla, hospitalizada com fortes dores e bolhas na pele.
A doença é uma infecção reativada pelo vírus Varicela zóster, o mesmo da catapora, que fica incubado em torno de 80% das pessoas e se manifesta mais tarde causando principalmente lesões na pele com fortes dores, sintomas que podem ser evitados com a vacinação.
A imunização é feita com duas doses, e cada uma tem o preço recomendado de R$ 843 – totalizando R$1.686 –, mas o valor pode variar entre as clínicas.
Popularmente conhecido como cobreiro, o herpes-zóster é uma doença infecciosa causada pelo mesmo vírus da catapora. O diagnóstico normalmente é feito com base na avaliação clínica dos sinais e sintomas do paciente, além da observação das lesões na pele.
A doença pode se manifestar a qualquer momento em pessoas que já tiveram catapora ou a própria herpes-zóster alguma vez na vida. O vírus permanece inativo no corpo por muitos anos, podendo ser reativado na forma mais localizada em um nervo rbkomar/ Getty Images
Quando há baixa na imunidade, por exemplo, o vírus pode se replicar novamente provocando o aparecimento dos sintomas. A condição tem mais chance de aparecer também em pessoas com mais de 60 anos, que façam uso prolongado de corticoides, quimioterapia ou que tenham doenças que enfraquecem o sistema imune, como AIDS ou Lúpus Peter.
Para pessoas que nunca tiveram catapora ou que não foram vacinadas, a herpes-zóster é contagiosa. Portanto, crianças ou outras pessoas nunca infectadas pelo vírus devem permanecer distantes de pacientes com a doença e não ter contato com objetos pessoais do doente.
Entre os principais sintomas da herpes-zóster estão coceira intensa no local afetado, dor, formigamento ou queimação na região, febre baixa, bolhas e vermelhidão que afetam, principalmente, região do tórax, costas ou barriga .
O tratamento é feito com medicamentos anti-virais e analgésicos receitados pelo médico para aliviar a dor e cicatrizar mais rápido as feridas. Fortalecer o sistema imune pode ser uma boa estratégia de prevenção .
Durante o tratamento também deve-se tomar cuidados como lavar diariamente a região afetada, sem esfregar, e secar bem o local. Utilizar roupa de algodão e confortável, colocar uma compressa fria de camomila sobre a região e não aplicar pomadas ou cremes sem prescrição médica.
Entre as complicações mais comuns do herpes-zóster está a continuação da dor por várias semanas ou meses mesmo após o desaparecimento das bolhas na pele. Entre as menos comuns está a inflamação na córnea e problemas de visão, necessitando acompanhamento de um oftalmologista.
A vacina é a única forma eficiente de evitar a doença e suas complicações. Até então, o imunizante era indicada apenas para pessoas maiores de 60 anos. Contudo, recentemente, a vacina para adultos com mais de 18 anos chegou às clínicas particulares.
A imunização é feita com duas doses, e cada uma tem o preço recomendado de R$ 843 – totalizando R$1.686 –, mas o valor pode variar entre as clínicas. A vacina não é ofertada pelo SUS.
Popularmente conhecido como cobreiro, o herpes-zóster é uma doença infecciosa causada pelo mesmo vírus da catapora. O diagnóstico normalmente é feito com base na avaliação clínica dos sinais e sintomas do paciente, além da observação das lesões na pele.
Em meados de junho deste ano, as clínicas particulares brasileiras começaram a importar a vacina Shingrix, da farmacêutica GSK, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em agosto de 2021. Ela se destacou em comparação ao imunizante oferecido anteriormente, o Zostavax, por ter eficácia muito superior – 97% contra os 51% – e por abranger novos grupos de risco.
De acordo com a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e gerente de Imunizações do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica, Ana Rosa dos Santos, a Shingrix foi desenvolvida para ter uma resposta imunológica mais duradoura e forte graças à sua forma de produção.
“A vacina ficou mais moderna e eficiente. Ela foi produzida em uma plataforma da mais alta tecnologia, então traz uma imunização bem mais robusta principalmente nos pacientes mais velhos, o que a anterior não fazia, e também nos imunocomprometidos”, afirma Ana Rosa.
Diferença entre as vacinas
A Shingrix é uma vacina de vírus inativado, aplicada em duas doses, com dois meses de intervalo. Cada uma tem o preço recomendado de R$ 843 (totalizando R$1.686), mas o valor pode variar entre as clínicas particulares.
Ela é indicada principalmente para as pessoas com mais de 50 anos, idade em que o sistema imunológico começa a enfraquecer naturalmente. Mas jovens com 18 anos ou mais com algum tipo de comprometimento imunológico ou com doenças que debilitam o sistema de defesa do corpo também podem se vacinar.
A versão anterior, a Zostavax, por outro lado, é um imunizante de dose única, feita de vírus atenuado. Por esse motivo, explica Ana Rosa, ela era contra-indicada para a população imunossuprimida.
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