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Greve dos caminhoneiros adia depoimentos de dois ex-secretários e ex-presidente do Intermat
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Dois ex-secretários de Estado e um ex-presidente do Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso), réus na segunda fase da operação ‘Seven’, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), tiveram os seus depoimentos na 7ª Vara Criminal de Cuiabá cancelados desde a semana passada, por conta dos problemas causados em decorrência da greve dos caminhoneiros.
Cinco audiências de instrução e julgamento estavam marcadas entre os dias 25 de maio e 8 de junho, porém todas elas foram canceladas e devem ser remarcadas para depois do feriado de Corpus Christi, pela paralisação do Poder Judiciário durante a greve. A informação foi confirmada pela assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
No dia 25 de maio estava programado depoimento de algumas testemunhas de acusação. Já no dia 28, seriam oouvidas as testemunhas de defesa do médico Filinto Correa da Costa, dos seus dois filhos, o advogado João Celestino Correa da Costa Neto e o empresário Filinto Correa da Costa Junior, além do procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o “Chico Lima.
Na quarta-feira (30) também seriam ouvidas as testemunhas de defesa do ex-secretário de Fazenda, Marcel de Cursi e do diretor do Sesc em Mato Grosso, Marcos Amorim da Silva.
No mês de junho, o juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues havia marcado alguns interrogatórios dos réus, como do ex-presidente do Intermat Alfonso Dalberto e do ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, ambos no dia 4.
Já no dia 8 de junho estava marcado o interrogatório do ex-secretário de Fazenda Marcel de Cursi. Todas as oitivas foram canceladas.
A Operação Seven investiga um suposto esquema que teria causado um prejuízo de R$ 7 milhões aos cofres públicos, por meio da compra de uma área rural de 727 hectares na região do Lago do Manso.
A área, segundo a denúncia já pertenceria ao Estado e foi adquirida novamente do médico Filinto Corrêa com preço superfaturado de R$ 4 milhões. Os 13 réus da segunda fase são acusados de esconder a origem lícita do dinheiro adquirido com a venda da terra.