Cuiabá-MT
Greve de hospital suspende cirurgias e causa superlotação no Pronto-Socorro em Cuiabá
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A greve dos funcionários da Santa Casa já dura 23 dias. Sem atendimento na unidade, outros hospitais começam a sofrer com o aumento da demanda, como o Pronto-Socorro de Cuiabá (PSMC) e Várzea Grande (PSMVG), região metropolitana da capital.
No PS de Várzea Grande, uma idosa, de 66 anos, que é diabética e teve um dos dedos do pé amputado, precisa fazer uma cirurgia chamada angioplastia. Ela está internada há 12 dias no PS aguardando pelo procedimento que só é feito no Hospital Geral ou na Santa Casa.
Funcionários de todas as áreas da Santa Casa estão em greve desde o dia 30 de julho. Eles cobram pagamento de salário que está atrasado há dois meses.
“Estamos sem receber e a gente necessita de recursos para pagar nossos insumos, os produtos, fornecedores e esterilização, além de pagar pessoal e para que a gente possa trabalhar com tranquilidade”, explicou um médico.
Por causa da paralisação do hospital filantrópico, o atendimento no PSMC também está ainda mais tumultuado.
A Secretaria de Estado de Saúde disse que depende do atendimento das unidades filantrópicas – como a Santa Casa e o Hospital Geral – para regular os pacientes para procedimentos como angioplastia e cateterismo.
Disse que como os atendimentos estão prejudicados, a regulação também é afetada. A Santa Casa de Cuiabá continua sem atender novos pacientes e não há previsão de retomada dos atendimentos.
Já o Hospital Geral voltou a receber pacientes esta semana, após acordo com as secretarias de Saúde de Cuiabá e do estado para receber repasses atrasados e recursos de emendas parlamentares nos próximos dias.
Por nota, a Prefeitura de Cuiabá disse que repassou nessa terça-feira (21) R$ 1,7 milhão ao Hospital Geral e que o dinheiro das emendas deve ser encaminhado ainda nesta quarta-feira (22).