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Governo não descarta ‘lockdown’ e estuda alugar 2 hospitais para atendimentos de Covid-19 em RO


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O Secretário Estadual de Saúde (Sesau), Fernando Máximo, disse que não descarta a possibilidade de implementar o chamado “lockdown” em Rondônia, ou seja, o bloqueio total da região, com a proibição da circulação de pessoas e carros, por exemplo. O estado já tem 943 casos confirmados e 33 mortes oriundas da Covid-19.

A declaração foi dada em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (6). A medida mais rígida de distanciamento para promover o isolamento social em combate ao novo coronavírus já foi adotada em algumas cidades do Ceará e Maranhão.

Máximo disse que a jornalistas vem observando aglomerações, principalmente em espaços públicos de Porto Velho.

“Existe sim a possibilidade de começarmos a restringir mais coisas como no passado. A restrição é possível. É uma possibilidade concreta. Nós estamos analisando isso, pois os dados estão aumentando, os casos estão aumentando, especialmente em Porto Velho. O número de óbitos e o de internados também. E isso nos faz pensar em várias possibilidades e uma dessas é essa de fazer uma restrição de todas as situações sim. É uma possibilidade real”, disse Fernando Máximo.

Sesau diz estudar a contratação de dois hospitais para combater a pandemia em Rondônia

O secretário informou também que a pasta estuda a contratação de dois hospitais particulares da capital Porto Velho para a internação de pacientes diagnosticados com a doença.

O Hospital Prontocordis, que chegou a ser anunciado pela Saúde, segue dentro das opções de contratação. “Prontocordis ainda está em tratativa. Ainda não conseguimos concretizar [a contratação], mas continua a possibilidade”, disse o secretário.

A unidade informou nesta semana, em nota, que presta serviço há 40 anos em Porto Velho e que não tem medo de assinar contrato com o Estado. Porém não concordou com algumas cláusulas e apenas se resguardou “juridicamente, uma vez que o contrato faz lei entre as partes”.

O que é o ‘lockdown’?

“Lockdown” é uma expressão em inglês que, na tradução literal, significa confinamento ou fechamento total. Ela vem sendo usada frequentemente desde o agravamento da pandemia da Covid-19.

Embora não tenha uma definição única, o “lockdown” é, na prática, a medida mais radical imposta por governos para que haja distanciamento social – uma espécie de bloqueio total em que as pessoas devem, de modo geral, ficar em casa.

Veja as diferenças dos termos relacionados à reação à pandemia de Covid-19:

  • Isolamento social – é, em princípio, uma sugestão preventiva para todos para que as pessoas fiquem em casa
  • Quarentena – é uma determinação oficial de isolamento decretada por um governo
  • Lockdown – é uma medida de bloqueio total que, em geral, inclui também o fechamento de vias e proíbe deslocamentos e viagens não essenciais

Se um governante impõe um “lockdown”, a circulação fica proibida, a não ser que ela se dê, por exemplo, para compra de alimentos, transporte de doentes ou realização de serviços de segurança.

Que países adotaram o ‘lockdown’?

Par Vários países adotaram formas diferentes de “lockdown”, que foram mais ou menos restritivas como medidas para conter a propagação da Covid-19.

  • China: no final de janeiro, a província de Hubei, na China, decretou o fechamento de cidades inteiras e bloqueou o transporte intermunicipal. Lá fica a cidade de Wuhan, considerada a origem do surto do novo coronavírus. Com a medida, mais de 29 milhões de residentes foram obrigados a ficar em casa.
  • Espanha: adotou uma das medidas de isolamento mais severas da Europa. O país decretou estado de emergência e o bloqueio total de movimentações não essenciais. Desde 14 de março, seus residentes foram proibidos de sair de suas casas, exceto quando fosse necessário trabalhar, comprar medicamentos e alimentos ou ir ao hospital.
  • Itália: o país, que chegou a ser o mais mais atingido pela Covid-19 na Europa, decretou o bloqueio de circulação em 9 de março, como tentativa de conter o avanço da doença. Com a medida, a circulação de pessoas entre cidades ficou restrita a motivos relacionados a trabalho ou saúde. Além disso, o governo proibiu reuniões públicas, inclusive cerimônias religiosas como funerais e casamentos.
  • Alemanha: em 22 de março, proibiu encontros em público com mais de duas pessoas no país, em nova medida para lutar contra a propagação do coronavírus. A determinação não se aplicava a pessoas que moram na mesma casa ou estão no mesmo ambiente de trabalho, caso haja necessidade.

Avanço do vírus em Rondônia

A Sesau informou na tarde desta quarta-feira (6) que subiu para 943 o número de infectados com o novo coronavírus em Rondônia, e há 33 mortes. O aumento percentual na quantidade de casos de um dia para o outro é de 9,5%.

Os números também foram atualizados no início da noite desta quarta no portal do Ministério da Saúde dedicado à Covid-19. Até terça-feira (5), o estado somava 861 casos da doença e 30 óbitos.

A Sesau também informou que há:

  • 241 pacientes curados;
  • 94 pacientes internados (36 em UTI e outros 58 nas enfermarias);
  • 3.894 exames realizados;
  • 58 casos confirmados;
  • 36 casos suspeitos;
  • 154 casos suspeitos aguardando resultado no Lacen;
  • 678 pessoas em tratamento domiciliar;
  • 595 servidores da saúde estão afastados e, desses, 233 testaram positivo (sendo 129 do hospital João Paulo II e 71 do Hospital de Base).

Em Rondônia, a taxa de ocupação dos leitos de UTI destinados a pacientes com Covid-19 está em 33,3% (26 leitos) nesta quarta-feira, segundo dados que constam no painel de acompanhamento dos casos da Sesau. Desses, 17 estão sob observação médica na Assistência Médica Intensiva (AMI).

G1

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