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Governo implementa programa e cria o Selo de Qualidade para o açaí


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O nosso tradicional açaí de todo o dia vai poder ser consumido sem medo a partir de agora. Isso se os produtores da bebida seguirem as determinações do Programa Estadual de Qualidade do Açaí, publicado na edição desta quinta-feira, 15, do Diário Oficial do Estado.

A implementação do Programa Estadual de Qualidade do Açaí tem por objetivo identificar e promover a execução das ações de fortalecimento e desenvolvimento do comércio e consumo do açaí no Acre.

O projeto trata de toda a cadeia produtiva da fruta, que vai desde o melhoramento do transporte e escoamento do açaí, até a produção final que é a transformação em polpa acrescida de água que resulta na bebida amada por quase todos os acreanos.

Na lei se estabelece a obrigatoriedade do uso de água potável para a produção do açaí e estabelece parâmetros para resolver a grande preocupação de quem consome o produto que é a higienização que elimina animais capazes de contaminar direta ou indiretamente os alimentos e bebidas, tais como insetos, roedores e pássaros. Obviamente que o maior temor é com o barbeiro, inseto que é o causador da doença de chagas.

Vale lembrar que no início deste ano, após a prefeitura de Rio Branco anunciar contaminação de açaí vendido no Mercado Elias Mansour, o setor passou por uma de suas maiores crises, com a comercialização caindo cerca de 80%. Felizmente, os resultados deram negativos para a presença da Doença de Chagas.

Para maior controle, o programa prevê o cadastramento dos batedores artesanais de Açaí, que deverão renovar semestralmente esse cadastro em todo o Acre.

A regulamentação também estipula a parceria com as secretarias municipais de saúde que deverão por meio de suas vigilâncias sanitárias estabelecer ações de educação sanitária por meio de campanhas educativas, orientando a importância deste segmento da cadeia produtiva do açaí e da necessidade da organização e da estruturação das unidades produtivas no contexto social do Estado.

Outra parte importante do programa e que garante a qualidade do produto se refere a estrutura física que deve ser de alvenaria, atendendo às seguintes etapas do processamento: Recepção, seleção, higienização, tratamento térmico e despolpamento.

Em relação a comercialização, a regulamentação determina que o açaí deve ser acondicionado em embalagens adequadas, preferencialmente em sacos plásticos atóxicos, próprios para alimento. A produção excedente, que não for comercializada imediatamente, deverá ser acondicionada e refrigerada à temperatura de quatro a sete graus celsius, não devendo ser comercializada após vinte e quatro horas.

O Selo de Qualidade do Açaí

E se mesmo com todas essas exigências, você ainda tiver dúvida se o açaí que está comprando tem garantia de qualidade?

A lei publicada no Diário Oficial cria o Selo de Qualidade do Açaí, que vai identificar a implantação e manutenção de um conjunto de processos que garantam a higiene e segurança alimentar na produção e comercialização do produto. , definidos em conformidade com as normas previstas nesta lei, naquelas editadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA e em regulamento da SESACRE.

No prazo máximo de 90 dias, a Secretaria de Saúde deve divulgar o regulamento definindo os critérios de adesão, formato e prazo de validade do selo.

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