Acre
Governo e prefeitura assinam acordo para reativação de estações de tratamento de esgoto em Rio Branco
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Dois anos após assinarem o termo de reversão do Sistema de Saneamento Básico, o governo do Acre e a Prefeitura de Rio Branco firmaram um acordo de cooperação para revitalização das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) desativadas e melhorar a coleta de esgoto e saneamento básico na capital acreana.
O documento foi assinado na tarde desta segunda-feira (29) Palácio Rio Branco pelo governador Gladson Cameli e o prefeito Tião Bocalom.
A iniciativa terá o investimento de R$ 2,5 milhões do governo e R$ 12 milhões da prefeitura para construção e reativação das seguintes estruturas: ETE do bairro Conquista, ETE do bairro São Francisco, ETE da bacia do Igarapé Redenção e do Conjunto Habitacional Cidade do Povo.
As estações dos bairros São Francisco e Conquista serão revitalizadas pelo Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb).
“Junto com isso, a prefeitura também vai colocar para funcionar essa quantidade enorme de estação de tratamento compactas que foram feitas dentro do Programa Ruas do Povo, que não funcionaram até hoje. Jogar o esgoto que seria tratado nessas estações compactas, todas nessas estações grandes. O governo está preparando para entregar, até o final do ano para a prefeitura, a estação de tratamento da Redenção, está com recurso assegurado já, assim como também vai continuar o trabalho de recuperação e pôr para funcionar a estação da Cidade do Povo”, explicou o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom.
Durante a assinatura, os gestores afirmaram que o principal objetivo do acordo é aumentar o percentual de 2% de cobertura da rede de esgoto para até 50%. E para alcançar os 70% em 2023.
Em março, o Instituto Trata Brasil divulgou a 15ª edição do Ranking do Saneamento com foco nos 100 maiores municípios. Rio Branco continua entre os municípios com os piores índices de saneamento básico do país. O município acreano aparece entre os 20 piores do Brasil no Ranking de 2023, ocupando, mais precisamente, a 14ª posição.
“É um avanço muito grande diante do desmanche que ficou ao longo do tempo com essa questão do esgoto”, afirmou o prefeito.
O governador Gladson Cameli destacou que com o esgoto coletado e tratado corretamente, a gestão garante mais saúde e bem estar para a população. “Estamos unindo nossas forças para que a gente possa fazer o que tiver de fazer para melhorar a saúde do povo. Precisamos cumprir nossas metas, imagine de 2% para quase 50% a porcentagem que cobre o esgoto da nossa capital. Com esse trabalho em parceria, não tenha dúvida, que em breve a gente estará com 100% da nossa rede de esgoto concluída e que possa trazer um bem-estar para nossa sociedade”, assegurou.
Poços
Ainda no encontro, o prefeito Tião Bocalom falou que firmou parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac) e a Embrapa para abertura de dois poços artesianos, um no 1º Distrito e outro no 2º Distrito da capital acreana, até 1,2 mil metros de profundidade para pesquisas.
Segundo ele, a ideia é tentar confirmar se o Aquífero Alter do Chão, reserva de água que se estende entre os estados do Pará, Amazonas e Amapá, chega também na capital acreana.
“Nosso objetivo é tentar localizar esse Aquífero Alter do Chão porque se localizar, evidentemente, se resolve o problema de água em Rio Branco para o resto da vida. Nunca se perfurou profundo para saber onde podemos ter lençóis. Podemos ter lençóis com 200 metros, 300, 400, 500 ou com mil metros, então, vamos perfurar para saber, se não perfurar não tem como saber”, pontuou.
Reversão
Em maio de 2021, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, e o governador Gladson Cameli assinaram, no Palácio Rio Branco, o o termo de reversão do Sistema de Saneamento Básico para a prefeitura.
A responsabilidade do saneamento básico e da distribuição de água, constitucionalmente, pertence ao município, mas um acordo feito há anos deixou esse serviço a cargo do Estado, por meio do Departamento de Água e Saneamento do Acre (Depasa).
Com a assinatura do termo de reversão, a responsabilidade voltou a ser da prefeitura. Na época, o prefeito Tião Bocalom disse que a ideia era não deixar faltar o abastecimento para a população mais pobre. A municipalização do serviço foi uma das promessas de campanha de Bocalom.
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