Mato Grosso
Governo diz que cirurgias oftalmológicas feitas em caravana foram pagas corretamente em MT
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O governo estadual garantiu na tarde desta terça-feira (4), em coletiva à imprensa, que todos os procedimentos realizados durante as edições da Caravana da Transformação foram pagos corretamente, negando qualquer irregularidade após a Operação Catarata”.
O secretário estadual Domingos Sávio explicou, durante a coletiva, que o número de pessoas que iniciam o processo e desistem no momento da cirurgia de catarata é muito alto.
Segundo ele, isso pode ter embasado a ação do Ministério Público Estadual (MPE), já que há informações de pacientes que afirmam que não fizeram o procedimento, embora conste nos documentos que tudo foi pago.
“Tivemos acesso a alguns depoimentos em que o paciente é questionado se ele fez a cirurgia e ele fala que não fez. O que o MP alega é que o estado pagou. O que é preciso entender é que quando o paciente chega na caravana e passa pela consulta, isso é um procedimento. Em seguida há outro procedimento quando ele realiza os exames. Aí ele recebe o indicativo de cirurgia, marca o procedimento e não aparece no dia marcado. A consulta e os exames são pagos”, explica Domingos Sávio.
Já o secretário de Assuntos Estratégicos José Arlindo de Oliveira salientou que todos os procedimentos feitos na caravana são atos administrativos transcritos em documentos públicos. Esses documentos foram alvo da operação, que cumpriu mandados de busca e apreensão, e o processo está em segredo de Justiça.
“Estamos em uma situação de aguardo da entrada efetiva do estado na ação. A procuradora-geral do Estado, Gabriela Novis Neves, está acompanhando os depoimentos dos servidores. Nós estamos absolutamente tranquilos”, afirmou José Arlindo.
Operação Catarata
O Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu mandados de busca e apreensão na Secretaria Estadual de Saúde (SES), no Centro Político Administrativo, em Cuiabá, e na sede da empresa responsável pelos serviços oferecidos na Caravana da Transformação, que fica em Ribeirão Preto (SP), nessa segunda-feira (3).
A operação, denominada Catarata, foi coordenada pelo Núcleo de Defesa do Patrimônio Público de Cuiabá, do Ministério Público de Mato Grosso, e investiga indícios de que o estado pagou por cirurgias de catarata não realizadas durante o mutirão.
Os mandados de busca e apreensão foram determinados pela juíza Célia Vidotti, da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá.