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Governo de Rondônia busca solução para o transbordo de cargas de exportação entre Brasil e Peru


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O transbordo de cargas entre Assis Brasil (AC) e Iñapari (Província de Tahuamanu) prejudica a ampliação de exportações da produção agroindustrial de Rondônia para o Peru, pela Rodovia Interoceânica. Para seguir viagem até o interior daquele país, especialmente até os portos do Oceano Pacífico, as mercadorias são desembarcadas na aduana, pois os bitrens  são impedidos de trafegar em trechos da Cordilheira Peruana.

Além  do impacto que podem causar à malha ferroviária, a restrição é também objeto de reserva de mercado para transportadores locais.

Para diminuir a morosidade nessa operação, o superintendente estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura de Rondônia (Sedi), Sérgio Gonçalves da Silva, e o coordenador de comércio exterior, Anderson Augusto de Araújo Fernandes, reuniram-se em Brasília com o embaixador peruano Javier Yépez.

“Iniciamos conversações e precisamos resolver o impasse o mais rápido possível”, comentou Fernandes, nesta quinta-feira (2).

Fernandes fará um relatório da situação. Possivelmente ainda em maio ele viajará de carro para Assis Brasil (AC), a fim de acompanhar um bitrem com produtos rondonienses.

“Traremos o retrato real do atual momento aduaneiro e de quais produtos demoram a reembarcar ao destino”, disse Fernandes.

Segundo o coordenador, a proximidade da entrega da ponte sobre o Rio Madeira, na região do Abunã, anima o governo rondoniense, porém, exige agilização no transbordo de cargas.

O embaixador peruano Yépez confirmou à Sedi a presença na 8ª Feira Rondônia Rural Show, em Ji-Paraná. A viagem de Gonçalves e Fernandes ocorreu entre os dias 22 e 24 de abril.

Reuniões bilaterais vêm tratando do problema desde o início do tráfego nessa rodovia que parte de Rio Branco seguindo por 344 quilômetros em território brasileiro, daí cruza a fronteira com o Peru, percorrendo mais 2.256 quilômetros cortando a Floresta Amazônica e os Andes, até chegar aos portos de Ilo, Matarani e San Juan de Marcona, no Oceano Pacífico. A rodovia reduz em seis mil quilômetros a distância da rota comercial do Brasil com a Ásia.

PONTE

Desde a abertura da BR 364, entre Rio Branco e Porto Velho (RO), a travessia sobre o Rio Madeira no Abunã é feita por balsas. O trajeto entre as margens do rio leva, em média, meia hora. Porém, em momentos mais críticos do ano, como nos períodos de cheia e seca, o tempo para fazer o mesmo percurso é superior a uma hora.

Atualmente, o condutor de bitrem carregado paga R$ 149. Com a conclusão da ponte até agosto, conforme previsão do governo acreano, será possível atravessar o rio em poucos segundos, e se tornará desnecessário o pagamento da taxa.

Desde a abertura da BR 364, entre Rio Branco e Porto Velho (RO), a travessia sobre o Rio Madeira, na região do distrito de Abunã (RO), é feita por balsas. O trajeto entre as margens do rio leva, em média, meia hora. Porém, em momentos mais críticos do ano, como nos períodos de cheia e seca, o tempo para fazer o mesmo percurso é superior à uma hora.

Com a conclusão da ponte, será possível romper o Madeira em poucos segundos. Além disso, não será mais necessário o pagamento de uma taxa para atravessar o rio. Atualmente, o valor cobrado para uma carreta bitrem carregada é de R$ 149

APEX, ISRAEL E EUA

A gerente de relações institucionais da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) recebeu-os, firmando compromisso para intercâmbio de dados visando aumentar as exportações rondonienses. A Apex dispõe de números potenciais revelando possibilidades de negócios brasileiros com o mundo todo.

Na Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação, do Ministério da Economia, a secretária Thaise Dutra mostrou o atual estágio da Zona de Processamento de Exportações (ZPE) no porto organizado da capital, cujos investimentos dependem atualmente de empresas interessadas. Até então, das 25 ZPEs no Brasil, funciona apenas a de Pecém (CE).

Na Embaixada de Israel, pediram ao ministro Itay Tagner apoio para a ciência e tecnologia na cidade e no campo. Aquele país é referência nesses setores, notadamente na agricultura de precisão, cujos resultados foram alcançados com a ajuda de modernas tecnologias inovadoras e soluções inteligentes na agricultura, em constante melhoria a cada ano.

“O agronegócio rondoniense tem muito a ganhar com a transferência de tecnologias modernas, especialidade deles”, observou Anderson Fernandes.

Da mesma forma, superintendente e coordenador foram recebidos na Embaixada dos Estados Unidos pelo cônsul comercial Scott Shaw, aproveitando a abertura obtida pelo presidente Jair Bolsonaro em sua visita ao presidente Donald Trump, em Washington, DC.

Israel e Estados Unidos poderão apoiar as exportações rondonienses. Da parte norte-americana, uma empresa especializada fará demonstrações da alta tecnologia, abrangendo na Rondônia Rural Show um considerável público específico, já que dez países confirmaram a presença de representantes comerciais.

Gonçalves e Fernandes visitaram também a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), onde obtiveram a confirmação para um curso de aprimoramento de gestão em Porto Velho. Professores da Enap virão treinar cinco a dez integrantes da equipe da Sedi, incluindo coordenadores.

COMO É

? O bitrem é uma combinação de dois semirreboques acoplados entre si pela quinta-roda situada na traseira do primeiro semi-reboque, tracionados por um cavalo mecânico. Em casos especiais, essa conjunção permite que o usuário transporte apenas um semi-reboque. Nesse caso, o equipamento perde a característica do bitrem.

No Brasil, o uso desta composição foi regulamentada inicialmente pela Resolução do Contran 68/98, e atualmente pela Resolução 211/06, alterada pela 256/07. No Brasil, os bitrens, foram desenvolvidos inicialmente na versão graneleiro, passando a atuar em vários outros segmentos devido à vantagem de maior carga líquida transportada. A sua principal aplicação se dá na versão graneleira pelo perfil do transporte nacional.

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