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Aripuanã

Garimpeiro foi morto em confronto com o Bope após não aceitar buscas em barraco


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A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) informou que o garimpeiro morto na última segunda-feira (07), durante a segunda fase da ‘Operação Trypes’, não teria aceitado que buscas fossem feitas em seu barraco, instalado no garimpo ilegal, localizado na Serra de Santo Expedito, a 13 km da cidade de Aripuanã (704 quilômetros de Cuiabá). O homem não foi identificado ainda.
 
De acordo com as informações, os policiais do Bope foram os primeiros a entrar na área do garimpo, atendendo cumprimento de ordem judicial que determina intervenção na área. Os militares perceberam que haviam vários barracos, sendo alguns vazios e outros ocupados.
 
Os policiais orientaram que os garimpeiros saíssem do local e fossem para um local de triagem para fazer a varredura.
 
Neste momento, em um dos barracos, um garimpeiro (ainda não identificado) disparou tiros contra os policiais do Bope. Em razão disso, um dos militares revidou a agressão e acertou dois tiros no homem.
 
O garimpeiro ainda chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal Santo Antônio. Porém, não resistiu aos dois tiros no tórax e morreu.
 
No barraco dele foram encontradas duas espingardas cartucheiras, uma de cano longo e outra de cano curto, de calibre não identificado. Além disso, havia invólucros de pólvora, chumbo, pote com espoleta, cartuchos intactos e outros deflagrados, além de dois invólucros de quantidade não especificada de substância semelhante a ouro.

A operação, que conta com 160 policiais e servidores da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), visa encerrar as atividades de um garimpo ilegal localizado na cidade de Aripuanã que está causando impacto ambiental e devastação social na cidade.

O índice de homicídios, tráfico de drogas e prostituição aumentou na região por conta o garimpo ilegal. Imagens divulgadas pela PF mostram que o espaço havia se tornado uma “minicidade”.

A operação foi deflagrada após dois suspeitos, identificados como R.R.L., 34 anos, e W.B.F., 33 anos, serem presos em um aeroporto na zona rural da cidade, em junho deste ano. Foram apreendidos 6,5 kg de ouro avaliados em R$ 7 milhões, além duas pistolas (9mm e 635) com seus respectivos carregadores e 27 munições intactas.

Em depoimento, R.R.L. confessou ser dono do outro e disse que estava aguardando a aeronave que levaria o ouro, mas não fez referência ao avião que havia pousado minutos antes e levantado voo.

A primeira fase da operação foi deflagrada no dia 26 de setembro, com o objetivo de investigar irregularidades na extração de ouro em garimpos de Mato Grosso. Foram cumpridos mandados de prisão em Juína, Aripuanã, Alta Floresta e Paranaíta.

“Minicidade”

Em imagens divulgadas pela PF, pode-se notar que o garimpo havia se transformado em uma “minicidade”. Gravadas através do helicóptero que dá apoio na ação, as imagens mostram que há vários pequenos imóveis espalhados ao longo da região.
 

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