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Fundo da Suinocultura e Acrismat cedem veículos ao Indea-MT para fiscalização


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Termo firmado entre as entidades disponibiliza quatro veículos que farão monitoramento e fiscalização da fronteira do Estado para prevenir possível surgimento da PSC

O surgimento de registros da Peste Suína Clássica (PSC) no Brasil, em especial nos Estados do Ceará e Piauí, fez com que as entidades mato-grossenses ligadas ao setor da suinocultura acendessem o sinal de alerta. Como forma de prevenir uma possível aparição da doença em Mato Grosso, o Fundo de Sanidade e Desenvolvimento da Suinocultura (FSDS) com o apoio da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), firmou Termo de Cooperação Técnica junto ao Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) para o fornecimento de veículos que ajudarão na fiscalização da fronteira norte do Estado.

No documento, assinado na tarde desta sexta-feira (07), na sede do órgão Estadual, foi firmado a concessão de quatro automóveis alugados custeados pelo FSDS, que ficarão à disposição do Indea-MT, pelo período de 45 dias.

“Essa parceria entre o Indea-MT e a cadeia produtiva existe há muitos anos, e sempre que é necessário existe essa colaboração entre as partes. É quase que uma obrigação do FSDS e de todo o setor da suinocultura trabalhar junto nesse momento de uma possível crise. E para isso decidimos viabilizar estes veículos para ajudar na fiscalização, monitoramento e vigilância de veículos de carga animal ou não, e ainda a educação sanitária do motoristas que trafegam pela região norte do Estado”, destacou o vice-presidente da Acrismat, Moisés Sachetti.

O presidente do Indea-MT, Tadeu Aurimar Mocelin ressaltou a relevância da parceria para o desenvolvimento e fortalecimento do setor no Estado.

“É de suma importância essa parceria com o setor privado e produtivo de Mato Grosso, justamente para dar esse apoio na fiscalização e vigilância. É um trabalho que visa o desenvolvimento econômico do Estado, e principalmente evita o surgimento de possíveis focos desta doença em Mato Grosso, que traria perdas enormes para ambos os lados”, explicou.

É o que também reforça o diretor técnico do Indea-MT, Alison Cericatto. “O Estado faz seu planejamento, mas infelizmente dentro dele não há previsão para situações de emergências. E nessas horas, muitas vezes, necessitam de um aporte rápido de recursos financeiros e estrutura para que sejam controladas, por isso é crucial essa parceria entre setor público”, enfatizou.

Desde outubro de 2018, foram identificados 44 casos no Brasil, todos no Ceará, que também está fora da área identificada como livre da doença. O Piauí registrou o primeiro caso de Peste Suína Clássica (PSC) em abril, e decretou no dia 8 do mesmo mês estado de emergência zoossanitária em Lagoa do Piauí, município onde ocorreu o caso. A confirmação do caso foi divulgada em nota técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

“Os veículos serão utilizados por servidores do Indea-MT, que trabalharão na região de fronteira com o Pará, até o município de Barra do Garças (distante 514 km de Cuiabá). Isso por conta do Pará ser um Estado que não tem reconhecimento de área livre da PSC. Vamos intensificar as ações de prevenção já que os dois Estados do nordeste registraram casos da doença, o que coloca em risco as regiões mais próximos”, concluiu o médico veterinário da Acrismat, Igor Queiroz.

Durante os 45 dias os veículos irão monitorar e tentar coibir o trânsito ilegal de animais nestas regiões, que incluem os municípios de Vila Rica, Água Boa, Cocalinho, Torixoréu, Barra do Garças e região.

Como identificar

A Peste Suína Clássica é uma doença que acometem suínos e javalis, altamente contagiosa e se caracteriza por febre alta, lesões avermelhadas na pele dos animais (hemorrágicas) e alta mortalidade. Falta de apetite, fraqueza e animais amontoados também caracterizam sintomas da doença. Ela não oferece riscos à saúde humana, mas traz perdas econômicas para o suinocultor. A notificação de suspeita ou ocorrência da PSC é obrigatória a qualquer cidadão e para todo profissional que atue na área de diagnóstico, ensino ou pesquisa em saúde animal, e deve ser feita o mais rápido possível para evitar a difusão da doença para outras propriedades.

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