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Fundador da Ricardo Eletro é preso em SP em operação contra sonegação fiscal em MG


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Ricardo Nunes, fundador e ex-principal acionista da rede varejista Ricardo Eletro, foi preso no estado de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (8), em operação de combate à sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. A força-tarefa é composta pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), pela Receita Estadual e pela Polícia Civil.

Por volta das 10h, Ricardo Nunes estava em uma delegacia de São Paulo. De lá, embarcaria em um avião para Belo Horizonte, escoltado pela força-tarefa.

A filha de Ricardo, Laura Nunes, também foi presa, na Grande BH. Há ainda um mandado de prisão em aberto para diretor superintendente da Ricardo Eletro, Pedro Daniel Magalhães, em Santo André (SP). Até as 8h, ele estava foragido. Um mandado de busca e apreensão foi expedido para Rodrigo Nunes, irmão de Ricardo.

Operação tem fundador da Ricardo Eletro como um dos alvos  — Foto: Danilo Girundi/TV Globo

Operação tem fundador da Ricardo Eletro como um dos alvos — Foto: Danilo Girundi/TV Globo

A operação recebeu o nome de “Direto com o Dono”. De acordo com as investigações, aproximadamente R$ 400 milhões em impostos foram sonegados ao longo de mais de cinco anos.

Além dos três mandados de prisão, a operação cumpre também 14 mandados de busca e apreensão. Em Minas Gerais, os mandados foram cumpridos nas cidades de Belo Horizonte, Contagem e Nova Lima. Em São Paulo, há alvos na capital e em Santo André.

Ainda segundo Abdala, documentos, computadores e celulares foram apreendidos. O superintendente regional da Secretaria de Fazenda em Contagem, Antonio de Castro Vaz, disse que a empresa vinha omitindo recolhimento de ICMS há quase uma década.

G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Ricardo Eletro e com o empresário Ricardo Nunes, mas, até a última atualização desta reportagem, não havia obtido retorno.

A fraude

De acordo com o MPMG, a rede de varejo cobrava dos consumidores, embutido no preço dos produtos, o valor correspondente aos impostos, mas não fazia o repasse. O órgão informou ainda que a empresa se encontra em situação de recuperação extrajudicial, sem condições de arcar com dívidas.

Os bens imóveis de Ricardo Nunes não estão registrados no nome dele, mas de suas filhas, mãe e de um irmão. Ainda segundo a força-tarefa, o crescimento do patrimônio individual do principal sócio ocorreu na mesma época em que os crimes tributários eram praticados, caracterizando lavagem de dinheiro.

Além dos mandados de prisão, a Justiça determinou o sequestro de bens imóveis de Ricardo, avaliados em cerca de R$ 60 milhões, para ressarcir danos causados ao estado de Minas Gerais.

MP, Receita Estadual e Polícia Civil fazem operação de combate à sonegação fiscal em BH

Viaturas da Polícia Civil e da Receita Estadual em operação no bairro Belvedere, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte — Foto: Reprodução/TV Globo

Viaturas da Polícia Civil e da Receita Estadual em operação no bairro Belvedere, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte — Foto: Reprodução/TV Globo

Policiais civis tentam abrir portão de mansão à força — Foto: Reprodução/TV Globo

Policiais civis tentam abrir portão de mansão à força — Foto: Reprodução/TV Globo

Mansão no bairro Belvedere é um dos alvos — Foto: Reprodução/TV Globo

Mansão no bairro Belvedere é um dos alvos — Foto: Reprodução/TV Globo

Operação 'Direto com o Dono' — Foto: Receita Estadual/Divulgação

Operação ‘Direto com o Dono’ — Foto: Receita Estadual/Divulgação

Operação 'Direto com o Dono'  — Foto: Receita Estadual/Divulgação

Operação ‘Direto com o Dono’ — Foto: Receita Estadual/Divulgação

Operação 'Direto com o Dono'   — Foto: Receita Estadual/Divulgação

Operação ‘Direto com o Dono’ — Foto: Receita Estadual/Divulgação

G1

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