Economia
Frota de veículos novos cresce 16% em Mato Grosso
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De janeiro a abril, 33.658 novos veículos foram emplacados em Mato Grosso. Os dados são da Fenabrave, entidade que representa o setor de distribuição e concessionárias, e equivalem a um aumento de 16,1%, se comparados aos 28.987 veículos novos licenciados no mesmo período do ano passado.
Segundo a federação, todos os segmentos tiveram aumento, o que inclui automóveis, veículos comerciais leves, caminhões, ônibus e motocicletas.
Nos automóveis e veículos comerciais leves, houve alta de 9,5% sobre mesmo período do ano passado, com mais de 15,5 mil unidades emplacadas.
Nos pesados – que inclui caminhões e ônibus – o aumento foi ainda maior: 41,5%, para 1,3 mil unidades emplacadas. Neste segmento, a maior parte das vendas se refere a caminhões (1.184 unidades).
Também o setor de duas rodas elevou as vendas em 16,1% ao emplacar 13,8 mil motos.
Só em abril, foram emplacados 9.455 veículos, 17,4% acima do volume registrado no mesmo mês do ano passado, quando houve 8.051 licenciamentos. Na comparação com março deste ano, quando foram licenciadas 8.202 unidades, houve um acréscimo de 15,28%.
Segmentos
Do total comercializado no quadrimestre, 15.572 são dos segmentos de automóveis e comerciais leves, que registraram forte crescimento de 9,55% perante igual período do ano passado, quando foram licenciadas 14.215 unidades. Esse segmento representa 46,2% da participação nas vendas gerais.
“A maioria das marcas cresceu e poucas registraram baixas. No geral, o mercado continua em recuperação”, comenta o diretor do Grupo Saga, Edson Maia.
Em seguida, destaca-se a comercialização de motos, com 41% do mercado em Mato Grosso. Com apenas 3,88% de participação no mercado, as vendas de caminhões, que crescem 41,5% no acumulado do ano, é um bom indicativo de um agronegócio pujante, setor que mais adquire esses veículos.
Para o diretor regional da Fenabrave em Mato Grosso, Paulo Boscolo, “o mercado segue a expectativa de crescimento”, destacando que a redução na inadimplência, aliada à queda da taxa de juros, vem favorecendo o setor.
Venda direta
Boscolo explica que há uma migração do comércio de veículos para as vendas das montadoras, o que preocupa as concessionárias. Esta modalidade chamada de venda direta de veículos consiste na comercialização entre a fábrica e o interessado no automóvel.
O negócio tem a intermediação da concessionária. Ainda assim, a nota fiscal sai da fábrica direto para o consumidor final.
“A venda direta reduz o faturamento das lojas de veículos 0 km, redimensiona as lojas e reduzem-se mão-de-obra. Em médio prazo, há o temor de que ocorra a redução no número de concessionárias”, pontuou.
Ele complementa que o aumento das vendas diretas reflete uma mudança de hábito do consumidor e ‘segura’ os resultados das montadoras.
“Algumas lojas e em alguns meses, as vendas diretas alcançam 40%. A modalidade abrange, principalmente, a venda para PCD (pessoas com deficiência), frotistas, locadoras e empresas de todos os portes, mas também agricultores”.