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Fratura na vértebra: saiba mais sobre essa lesão na coluna


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A coluna vertebral é uma parte estrutural do corpo que serve de apoio para outras partes do esqueleto. A nossa coluna é composta de ossos individuais que são chamados de vértebras, e o ser humano apresenta um total de 33 delas. Elas ainda têm um canal por onde passa a medula espinhal, deixando-a bem protegida.

Portanto, a coluna é fundamental para o corpo humano. Problemas que afetam essa região acabam sendo comuns e pode afetá-la muito, como é o caso da fratura na vértebra. Essas fraturas costumam ocorrer mais no meio e parte inferior das costas, podendo causar danos na medula espinhal e afetar a função dos nervos da medula ou até mesmo do cérebro.

Confira abaixo tudo o que você precisa saber sobre o problema:

Causas da fratura na vértebra

Algumas causas podem estar diretamente relacionadas com a fratura na vértebra. Geralmente, elas são causadas por traumas graves que afetam a coluna. As principais causas destas fraturas são:

  • Acidentes automobilísticos;
  • Quedas (principalmente as de grande altura);
  • Ferimentos de bala por arma de fogo;
  • Acidentes esportivos;
  • Acidentes industriais e/ou agrícolas;
  • Osteoporose, tumores e/ou outras condições que enfraquecem os ossos.

Cerca de 60% das pessoas que sofrem com fratura na vértebra acabam tendo problemas incapacitantes bem graves, como é o caso do jogador Neymar Jr., que sofreu uma fratura na terceira vértebra lombar durante a Copa do Mundo do Brasil em 2014 e ficou afastado durante o restante da competição.

Tipos de fratura

As fraturas são classificadas de acordo com o padrão de lesão, o que também ajuda a determinar o tratamento adequado. Existem várias formas de fraturas vertebrais: fraturas da vértebra, do arco vertebral ou das apófises espinhosas.

As fraturas vertebrais dividem-se em:

  • Fraturas por compressão – a vértebra é comprimida;
  • Fraturas por explosão – a vértebra foi esmagada;
  • Fraturas que envolvem a separação da borda frontal ou da borda posterior da vértebra.

Cerca de metade de todos os casos de fraturas vertebrais afetam a coluna dorsal inferior e a coluna lombar superior.

Quais são os sintomas?

As fraturas vertebrais podem algumas vezes serem completamente assintomáticas, mas no geral, ela apresenta sintomas bem perceptíveis e graves. Veja quais são os principais sintomas que caracterizam a fratura na vértebra:

  • Dor crônica;
  • Dor ao respirar, levantar os braços, tossir, sentar e deitar;
  • Desenvolvimento de corcunda;
  • Miopatia;
  • Lombalgia;
  • Instabilidade do corpo (por causa da coluna afetada);
  • Dificuldade respiratória;
  • Formação de hérnias;
  • Curvatura lateral da coluna vertebral.

Se a fratura acabar afetando a medula espinhal, a pessoa pode sentir os seguintes sintomas:

  • Dormência e formigamento;
  • Fraqueza;
  • Disfunção no intestino ou bexiga;
  • Choque na área afetada.

Os movimentos da coluna são muitas vezes limitados pela dor, com a pessoa ficando com uma postura defensiva e os músculos entrando em espasmo. Se a medula espinhal for afetada, podem afetar a função dos nervos e o paciente desenvolver distúrbios neurológicos, o próprio cérebro e ocorrer até mesmo deficiências, como paralisias, parestesias ou reflexos não naturais abaixo da lesão.

A própria região genital e as extremidades inferiores podem ser afetadas também. Dependendo do lugar da fratura vertebral e do grau de lesão da medula espinhal, pode acontecer paraplegia completa em casos severos.

Quando uma pessoa apresenta a fratura na vértebra uma vez, a chance que ela tenha uma nova fratura aumenta muito. Isso ocorre por causa da modificação das linhas de carga nas vértebras abaixo da que sofreu a fratura. A medida para tentar concertar é fazendo a manutenção do eixo da coluna mais próximo do normal.

Tratamento para as fraturas

O tratamento para fratura na vértebra vai depender muito da gravidade da lesão provocada. Fratura vertebral menor, pode ter um tratamento clínico, com uso de um colete ortopédico espinhal, para estabilizar a coluna vertebral.

Caso essa fratura seja maior, ou instável, principalmente se a medula espinhal for afetada, será necessário um tratamento cirúrgico e a estabilização da coluna para evitar qualquer problema irreversível na coluna vertebral.

Duas formas de tratamento estão sendo muito funcionais para essas fraturas e são minimamente invasivos. Esses métodos são: vertebroplastia e cifoplastia, em que cimento cirúrgico é injetado na área comprometida pela fratura.

Vertebroplastia

É um procedimento médico feito em casos de fratura em uma vértebra, causadas principalmente pela osteoporose, e consiste na injeção de cimento ósseo na vértebra para aliviar as dores da fratura, estabilizando e prevendo novas fraturas.

Processo de vertebroplastia percutânea: Localizada a fratura vertebral, sob anestesia geral, é realizada uma injeção de cimento ortopédico com agulha especial. O cimento é misturado com antibiótico, para reduzir o risco de infecções, e com um pó de barium ou tantalum, para a visualização nos raios X.

Quando injetado, o cimento é como uma pasta espessa, mas endurece rapidamente. Normalmente é injetado em ambos os lados da vértebra, direito e esquerdo, quase no meio da coluna.

Cifoplastia

A cifoplastia é um procedimento com mesmo objetivo da vertebroplastia, ou seja, consiste na injeção de cimento ósseo na vértebra para aliviar as dores da fratura. O que diferencia uma da outra é a execução do método.

Processo de cifoplastia percutânea (aumento vertebral): Há a fratura na vértebra, então ocorre a inserção de um pequeno balão guiado por imagem. Esse balão é expandido, criando espaço para o cimento, o cimento é inserido estabilizando a fratura.

Reabilitação desses métodos

Dentro de uns 15/20 minutos, já fica consolidado a fratura na vértebra. A alta já acontece em seguida, com os pacientes sentindo o alívio das dores conforme vão se recuperando da anestesia.

A reabilitação é demorada e deve ser feita acompanhada com boa fisioterapia. Isso porque a fratura modifica a biodinâmica da coluna, sendo preciso combater a dor, dar estabilidade e fortalecer a musculatura. É necessário se acostumar, aprender a se mover e fazer atividades com novos hábitos.

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