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Agronegócios

Frango, ovo, milho e inflação 25 anos após a implantação do real


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O frango continua perdendo da inflação. Ao completarem-se 25 anos (julho de 1994) de implantação do atual padrão monetário brasileiro, o real, a inflação acumulada (aqui considerada através do IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas) acumula variação de 628%. Já o frango vivo – que, nem nos melhores momentos, se aproximou da inflação – fechou julho de 2019 com um preço 450% superior ao de 25 anos atrás, ou seja, com quase 180 pontos percentuais abaixo do índice inflacionário acumulado em um quarto de século.

Teria sido pior não fosse a principal matéria-prima do frango, o milho, registrar – ao menos nestes últimos tempos – evolução de preços quase na mesma proporção. Ou seja: prevalece, aproximadamente, a mesma paridade observada em 1994. Pois em julho último uma tonelada de frango vivo possibilitou adquirir em torno de cinco toneladas de milho, perto de seis sacas a mais que em 1994.

Não é, infelizmente, situação aplicável ao ovo – que, aliás, já viveu momentos melhores que os mais recentes. Assim, focando exclusivamente em julho último, verifica-se que o produto registrou no mês valor 250% superior ao do início de vigência do real, ficando, portanto, 200 pontos percentuais aquém do frango e quase 380 pontos percentuais aquém da inflação.

Neste caso, veio abaixo, também a paridade em relação ao milho. Em 1994 uma caixa de ovos brancos do tipo extra adquiria pouco mais de 2,5 sacas de milho. Neste ano, em julho, o valor recebido pelo ovo permitiu adquirir não mais que 1,7 saca de milho, quase um terço a menos que há passados 25 anos.

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