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Fluvoxamina: um tratamento potencial barato para COVID-19


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Evidências recentes indicam um papel terapêutico potencial da fluvoxamina para COVID-19. No ensaio TOGETHER para pacientes agudamente sintomáticos com COVID-19, pesquisadores brasileiros e canadenses tiveram como objetivo avaliar a eficácia da fluvoxamina versus placebo na prevenção de hospitalização definida como retenção em um ambiente de emergência COVID-19 ou transferência para um hospital terciário devido a COVID-19.

A fluvoxamina tem sido usada desde a década de 1990 para várias condições e seu perfil de segurança é bem conhecido. Foi identificada no início da pandemia por seu potencial de reduzir a tempestade de citocinas em pacientes com COVID-19. Tempestades de citocinas são respostas imunológicas graves ao COVID-19 que podem causar danos potencialmente letais aos órgãos.

Pesquisadores brasileiros e canadenses 739 pacientes COVID-19 no Brasil, selecionados aleatoriamente com fluvoxamina, com outros 733 recebendo um placebo, entre 15 de janeiro a 6 de agosto de 2021.

Todos os pacientes que receberam fluvoxamina durante o ensaio foram monitorados por 28 dias para determinar seus resultados de saúde e se ainda precisam de tratamento hospitalar. Os pesquisadores descobriram uma redução de cerca de 30 por cento nas hospitalizações entre aqueles que receberam fluvoxamina em comparação com aqueles que receberam o placebo.

Esse efeito subiu para 65% entre os pacientes que tomaram todos os seus medicamentos. O ensaio com fluvoxamina fez parte do Ensaio maior TOGETHER que começou em maio de 2020, com o objetivo de testar potenciais tratamentos COVID-19 em um ambiente comunitário.

Segundo o prof. Mills, da McMaster University, no Canadá, “a fluvoxamina é, até agora, o único tratamento que, se administrado precocemente, pode evitar que COVID-19 se torne uma doença com risco de vida. Pode ser uma de nossas armas mais poderosas contra o vírus e sua eficácia é uma das descobertas mais importantes que fizemos desde o início da pandemia”.

Fonte: The Lancet. DOI: 10.1016/S2214-109X(21)00448-4.

Boasaude.com.br

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