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Fiscalização encontra medicamentos vencidos e exercício ilegal da profissão em hospitais de MT


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Falta de funcionários, sobrecarga de trabalho, péssimas condições de repouso para os profissionais de enfermagem e medicamentos vencidos. Estes foram alguns dos primeiros resultados de uma fiscalização que o Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) realiza em 24 unidades de saúde privadas e públicas do município de Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá.

No local, a vistoria começou na segunda (9) e continua até sexta-feira (13).

A equipe vistoria a qualidade do serviço de enfermagem e questões relacionadas ao exercício profissional que põem em risco o atendimento ao paciente.

No Hospital e Pronto Socorro Municipal Dr. Milton Pessoa Morbeck, há deficiência de profissionais de enfermagem em diversos setores, entre eles as clínicas de pediatria e ortopédica, a Central de Material Esterilizado, aos finais de semana, o centro cirúrgico.

Descarte incorreto de materiais foi um dos problemas encontrados na fiscalização em Barra do Garças — Foto: Coren-MT/Assessoria

Descarte incorreto de materiais foi um dos problemas encontrados na fiscalização em Barra do Garças — Foto: Coren-MT/Assessoria

Foi constatado também exercício irregular e ilegal da enfermagem, além de ausência e inadequação nos registros e rotinas e problemas de infra-estrutura em diversos setores.

A sala de repouso da enfermagem, que apresenta sinais de mofo e infiltrações.

Foram encontrados produtos vencidos, entre medicamentos como a furosemida, diurético utilizado no tratamento da hipertensão arterial, e insumos como o tubo endotraqueal, destinado a entubações da via respiratória.

Havia também remédios sem identificação da data de abertura do lacre, manuseados de maneira incorreta e armazenados junto a alimentos, além de insumos descartados em condições que contrariam as normativas sanitárias vigentes.

No Hospital e Maternidade MEDBarra, entre outras irregularidades, foi constatada falta de enfermeiro durante a noite e finais de semana e, no período vespertino, a ausência deste profissional no centro cirúrgico.

Não havia enfermeiro em tempo integral também no Hospital Cristo Redentor, que abriga 12 leitos.

Na UBS Santo Antônio II, foram detectados profissionais em exercício irregular da enfermagem e inexistência de protocolos operacionais, entre outros problemas.

Na UPA Dr Marcelo Paes Lemes, com 16 leitos de observação e quatro de urgência e emergência, a equipe identificou o tratamento inadequado a um paciente grave, que estava no local há mais de 12 horas e na UBS Santo Antônio III, foram identificados problemas nas escalas de serviço e registros de prontuários.

No estado, há mais de 1,8 mil instituições de saúde e cerca de 28,5 mil profissionais de enfermagem. Entre os meses de janeiro e março deste ano, o Coren-MT fiscalizou 87 unidades de saúde em 16 municípios. Entre abril e junho, foram 90 unidades em 26 municípios.

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