Agronegócios
Falta mão de obra qualificada em Mato Grosso para trabalho no campo apesar de salários altos
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No auge da colheita dos principais cultivos em Mato Grosso, faltam trabalhadores para suprir toda a demanda. Com a dificuldade dos produtores rurais de encontrar mão de obra qualificada, empresas do ramo estão buscando novos profissionais em outros estados.
Para reverter esse quadro, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o sindicato rural de Sinop, a 479 km de Cuiabá, oferecem cursos de qualificação gratuitos ao longo de todo ano.
Segundo a mobilizadora do sindicato rural de Sinop, Angela Tedesco, os cursos são voltados para diversas áreas do setor agrícola. “A parceria com o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) acontece durante o ano todo. Os cursos são totalmente gratuitos e ocorrem no centro de treinamento em diversas áreas. São mais de 30 cursos ofertados”, disse.
Agora, eles possuem um simulador de pulverização agrícola e com uso de óculos 3D. Essa novidade veio para ajudar os iniciantes e aqueles que nunca entraram em uma colheitadeira a evitar acidentes e erros comuns nesta fase de aprendizado.
Para o supervisor do centro de treinamento do Senar, Fábio Pires, o ensino melhorou com a adoção do simulador. “Através da simulação você consegue diminuir o impacto de acidentes e erros de instrução. O ensino e aprendizagem é assimilado de uma maneira melhor”, contou.
Simulador de pulverização agrícola em sala de treinamento — Foto: TV Centro América
Com o início da colheita no estado, os produtores rurais estão se deparando com um cenário escasso de funcionários.
A média de salário na região gira em torno de R$ 7 mil a R$ 10 mil por mês para um colhedor. Já para um tratorista temporário está entre R$ 5 a R$ 6 mil.
Para o produtor Sidney Flach, a falta de mão de obra, às vezes, abre oportunidade para aqueles que não tem experiência a assumirem funções práticas complexas, o que prejudica a produção.
“Quando você tem um funcionário capacitado em cima da colheitadeira e colhe várias sacas por dia, você aproveita ao máximo o desempenho da máquina. Já quando vem alguém que não é capacitado, ele fica enrolando e você deixa de colher dois ou três mil sacos por dia”, afirmou.
G1.globo.com