Aripuanã
Fake news motivaram corrida pelo ouro em garimpo ilegal em MT, diz governo
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Falsas informações que circularam nas redes sociais motivaram a corrida pelo ouro no garimpo ilegal em Aripuanã, a 976 km de Cuiabá. A situação no local foi discutida entre as forças de segurança nessa quarta-feira (14).
Há dois meses aproximadamente mil pessoas ocupavam a área, localizada em uma área particular em uma fazenda. A notícia de que tem ouro no local se espalhou rapidamente por meio de fotos divulgadas em aplicativos de celulares e redes sociais.
Atualmente há aproximadamente 500 pessoas no garimpo.
Segundo o governo, ao contrário das imagens, textos e áudios que circularam entre os garimpeiros, a área que foi invadida não possui vocação para exploração na superfície, uma vez que os minérios que foram encontrados em pesquisas na região estão em uma profundidade 400 metros, o que equivale a um prédio de cerca de 133 andares.
Sacos de terra extraídos do garimpo — Foto: TVCA/ Reprodução
Representantes das forças de segurança estadual, federal, Departamento Nacional de Mineração (DNPM) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) se reuniram na Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), em Cuiabá, para tratar sobre as condições do garimpo ilegal.
Os profissionais identificaram, por exemplo, que imagens que mostravam grandes pepitas de ouro não são da região.
O deslocamento de pessoas até a região teve início em setembro, quando iniciou a veiculação de informações anunciando falsamente uma nova ‘Serra Pelada’, em alusão ao maior garimpo a céu aberto do mundo.
Ainda de acordo com a Sesp, as forças de segurança atuarão em conjunto para realizar a retirada das pessoas do local, identificação e responsabilização civil, criminal e ambiental, além de estabelecer planos para recuperação da área degradada.
Pessoas em busca de ouro em garimpo ilegal — Foto: Divulgação
No entanto, ainda não há data para que isso ocorra.
O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) determinou a paralisação das atividades no garimpo clandestino.
O DNPM já havia comentado que as pessoas que estão ocupando a área não têm autorização do órgão para qualquer tipo de extração mineral.
O órgão também alerta que toda e qualquer atividade de extração mineral no país sem autorização é caraterizada como usurpação do patrimônio mineral da União, uma atividade ilegal à luz da legislação mineral brasileira.