Agronegócios
Exportações encolhem, mas Mato Grosso segue com maior saldo comercial do País
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As exportações mato-grossenses fecharam o primeiro bimestre de 2023 com retração de 7,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda que tenha havido perdas anuais, o Estado segue registrando o maior saldo comercial do Brasil, acumulando US$ 3,57 bilhões.
O saldo é a diferença entre exportações e importações – US$ 3,93 bilhões menos US$ 354,2 milhões – o que no caso de Mato Grosso revela superávit de US$ 3,57 bilhões. Minas Gerais somou US$ 2,82 bilhões e o Pará, US$ 2,38 bilhões.
Conforme dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), entre janeiro e fevereiro a pauta estadual somou US$ 3,93 bilhões contra US$ 4,3 bilhões de 2022. Mesmo com a perda de ritmo – 2022 foi recorde em vários momentos, como no primeiro bimestre – Mato Grosso se mantém como o quarto maior exportador brasileiro.
A perda de ritmo deriva do enfraquecimento das exportações de soja em grão e do algodão que encolheram 34% e 53%, respectivamente nos primeiros dois meses deste ano. A soja em grão responde por apenas 35% da receita global da pauta mato-grossense, com saldo de US$ 1,38 bilhão.
O milho responde por 28% de todo faturamento ao somar embarques de US$ 1,08 bilhão, 86% acima do observado em igual momento do ano passado.
A carne bovina também tem queda anual (-3,20%) e fecha o bimestre com faturamento de R$ 333 milhões, respondendo por 8,5% do faturamento da pauta.
O algodão, responde por 6,2% ao faturar US$ 244 milhões, porém, com receita 53% abaixo do contabilizado entre janeiro e fevereiro do ano passado, conforme o MDIC.
Ainda em relação aos principais dados do MDIC para Mato Grosso, a série histórica mostra que depois de um primeiro bimestre de resultados recordes, a pauta estadual revela resultados que estão acima do observado em 2021, 2020, por exemplo. Fevereiro desse ano somou receita de US$ 2,1 bilhões, menor que a de 2022 em US$ 2,8 bilhões. Mas se comparado a igual mês de anos anteriores, o desempenho atual fica acima da média.
DESTINOS – A China manteve sua posição de destaque, renovando por mais um ano o status de maior parceiro comercial de Mato Grosso. Da receita mato-grossense em US$ 3,93 bilhões no bimestre, US$ 1,3 bilhão veio de negócios com os chineses, o que representa participação de 33%. Tailândia se destaca com US$ 249 milhões, seguida pela Índia com US$ 118 milhões, Japão com US$ 116 milhões e a Indonésia com outros US$ 108 milhões em negócios.
IMPORTAÇÕES – Entre janeiro e fevereiro, Mato Grosso somou US$ 354,2 milhões em importações, cifras 34,6% menores ante igual momento do ano passado. Do total desembolsado, 75% foram utilizados para aquisição de adubos e fertilizantes, insumos para o agro mato-grossense.