Expansão da energia solar na região Norte. Rumo à universalização da eletricidade

Região Norte do Brasil tem alto potencial de geração de energia solar fotovoltaica para suprir necessidades de moradores de áreas remotas

Considerada um insumo fundamental para o desenvolvimento socioeconômico dos municípios e a qualidade de vida de seus habitantes, a energia elétrica ainda é escassa para muitos moradores da região Norte, especialmente para aqueles que vivem na Amazônia Legal.

Neste ano, termina a vigência dos programas federais Luz para Todos e Mais Luz para a Amazônia. Embora mais de 3,5 milhões de famílias tenham sido beneficiadas em quase duas décadas, ainda há muito a ser feito. O Ministério de Minas e Energia estima que cerca de 425 mil famílias seguem sem luz em casa.

“Sabemos que é difícil levar as redes de transmissão e distribuição para áreas remotas. Por isso, a geração de energia solar fotovoltaica é uma ótima solução. É possível instalar sistemas off-grid, isto é, que não dependem de ligação à rede, em praticamente qualquer lugar, como fazendas e até mesmo aldeias indígenas”, explica o sócio-fundador da EcoPower Energia Solar Anderson Oliveira.

Entre as vantagens de se investir em energia solar estão a facilidade de instalação e manutenção e o grande potencial produtivo, uma vez que o Sol é uma fonte de eletricidade sustentável e amplamente disponível.

Segundo levantamento da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o estado do Norte que mais produz energia por meio de usinas de micro e minigeração é o Pará, com 388,3 MW de potência instalada, em 13º lugar no ranking nacional.

Em seguida, aparecem Tocantins, com 178,4 MW, em 19º lugar, e Rondônia, com 139,7 MW, em 21º lugar. Amazonas, Acre, Roraima e Amapá surgem, respectivamente, nas últimas posições.

“A incidência de raios solares no Norte é maior do que em alguns países que lideram o setor, como a Alemanha. Então, há uma grande janela de oportunidade para quem quiser empreender. A ideia é que os geradores a diesel, altamente poluentes, deem lugar aos sistemas fotovoltaicos, que não geram resíduos nem ruídos”, destaca Oliveira.