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Exercícios são essenciais no tratamento do lipedema


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Atividade física regular pode aliviar sintomas da doença crônica vascular que afeta, principalmente, as mulheres.

A prática regular de exercícios físicos pode ser uma aliada no tratamento do lipedema, doença vascular crônica de origem hormonal que afeta, principalmente, as mulheres. De acordo com o Ministério da Saúde, a condição provoca o acúmulo de gordura e inchaço nas pernas e braços, excluindo mãos e pés, o que pode causar dores e dificuldades para andar.

Entre os sintomas do lipedema também estão a sensação de peso nas pernas e a desproporção simétrica no corpo. Se não for tratado corretamente, o problema pode levar ao bloqueio dos vasos linfáticos, resultando em um acúmulo de líquido nas pernas, condição conhecida como linfedema.

A atividade física regular pode contribuir para tratar o problema, garantindo mais qualidade de vida aos pacientes. Os exercícios melhoram a circulação sanguínea e linfática, o que ajuda a reduzir o inchaço e o alívio das dores.

A recomendação é para que os pacientes com a condição busquem orientação profissional sobre quais os melhores exercícios a serem praticados. Com o suporte adequado, é preciso manter a regularidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que adultos, em geral, realizem, em média, 150 minutos de atividades físicas por semana.

A escolha do tipo de exercício deve ser baseada no estágio da doença e nas necessidades individuais de cada paciente. A caminhada é uma atividade de baixo impacto que pode melhorar a circulação e a condição física.

Atenção ao vestuário

A escolha do vestuário adequado também faz diferença na prática de exercícios físicos. Para exercícios aeróbicos, o  conjunto fitness feminino é considerado o mais adequado, pois as peças são confeccionadas para oferecer o conforto e a flexibilidade necessárias, com um tecido que adere ao corpo.

Para quem as pacientes com lipedema que não se sentem à vontade usando short fitness, a  calça legging feminina pode ser uma alternativa, pois garante a amplitude dos movimentos e o tecido é própria circulação sanguínea.

Já na escolha da parte superior do conjunto, o top feminino com bojo é uma opção para reduzir o impacto e o desconforto causados pelo movimento dos seios, sobretudo, durante os exercícios aeróbicos, que costumam ser indicados para pessoas com lipedema. Com relação ao modelo – nadador, regata, frente única -, o indicado é priorizar o conforto na hora da escolha. Para quem não quer deixar a barriga à mostra, há a opção de incluir uma terceira peça no conjunto fitness, como uma regata cavada.

Como se desenvolve o lipedema 

Fatores hormonais, como puberdade, gravidez e menopausa, e a alimentação podem influenciar o desenvolvimento da doença devido à sua origem no sistema endócrino. O professor, cirurgião vascular e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular de São Paulo (SBACV-SP), Alexandre Campos Moraes Amato, diz que 11% das mulheres sofrem de lipedema.

Segundo Amato, a presença de varizes pode se relacionar com o lipedema. “É natural que haja uma coexistência dessas condições. Entre as pacientes com lipedema, 53% apresentam teleangiectasias e 39% têm varizes.”

A doença também é conhecida por sua natureza hereditária, o que significa que é comum que mulheres de uma mesma família desenvolvam o problema ao longo das gerações. Embora seja uma condição crônica, o lipedema pode ser tratado a fim de aliviar os sintomas e minimizar o desconforto do paciente.

De acordo com Amato, para que o tratamento da doença seja eficaz, é necessária uma mudança no estilo de vida da paciente. “Envolve correção alimentar, exercícios físicos direcionados, correção de hábitos de vida”, pontua, acrescentando que também pode ser necessária as intervenções medicamentosa e cirúrgica.

A abordagem multidisciplinar, segundo o especialista, torna possível a melhora de 35% nos sintomas com o tratamento clínico e de 58% no cirúrgico. Podem ser recomendadas drenagem manual ou terapia compressiva para aliviar o inchaço e o desconforto, fisioterapia e, até mesmo, a lipoaspiração nos casos mais graves.

AI

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