Direto de Brasília
Eunício diz que Congresso cumpriu sua obrigação para pôr fim à greve dos caminhoneiros
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O presidente do Senado, Eunício Oliveira, disse nesta quarta-feira (30) que o Congresso cumpriu sua obrigação com o povo brasileiro ao aprovar o projeto de lei (PLC 52/2018) que retira diversos setores da economia da lista dos que contam com desoneração da folha de pagamentos, uma das pautas que cabiam ao Legislativo para pôr fim à greve dos caminhoneiros.
Foi mantido no texto o dispositivo que zera até o final do ano a cobrança de PIS/Cofins sobre o óleo diesel com a promessa do governo de que essa parte do projeto será vetada pelo presidente da República, Michel Temer.
Eunício disse que negociou com o governo e com representantes dos caminhoneiros para viabilizar o acordo e garantir que não haja aumento de impostos ou retirada de recursos de áreas prioritárias como saúde e educação.
— Tudo aquilo que nos comprometemos para acabar e para acalmar os movimentos das ruas do ponto de vista das reivindicações nós fizemos. Cumprimos tudo o que foi reivindicado do ponto de vista das ruas. O Congresso não aumentou carga tributária, o Congresso fez entendimento da substituição dessas fontes porque elas tirariam dinheiro da saúde da seguridade, de financiamento. O governo se comprometeu a substituir essas fontes — disse.
Petrobras
Para o presidente do Senado é importante abrir as planilhas da Petrobras para entender o que há por trás da política de preços praticada pela estatal e evitar novas crises. O senador defendeu um diálogo com o governo e com a Agência Nacional de Petróleo (ANP) a fim de encontrar um caminho que não traga prejuízos para a Petrobras nem impacte negativamente o bolso dos contribuintes.
— Não quero aqui pedir demissão de ninguém, mas essa planilha precisa ser apresentada porque senão vamos ter daqui a alguns dias outros problemas como a questão da gasolina e do gás de cozinha. Sem prejuízo a estatal, mas sem dar lucros abusivos aos acionistas, temos respeito ao mercado, mas não podemos botar mais carga no bolso do contribuinte brasileiro. O melhor caminho é abrir a planilha, ser transparente — defendeu.