Acre
Estudo mostra que Rio Branco pode ter surto de doenças causadas pelo Aedes aegypti
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Dados do 4º Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (Lira) mostram que Rio Branco pode sofrer um novo surto de doenças pelo mosquito. A cidade está em situação de alto risco para ocorrência de surto ou epidemia de dengue, zika e Chikungunya.
O resultado apontou que a capital acreana está com 8,97% no Índice de Infestação Predial (IIP).
Em fevereiro, a Prefeitura de Rio Branco decretou situação de emergência por conta do surto de dengue. Naquela época, o município tinha mais de 1,4 mil notificações de casos da doença. A Vigilância Epidemiológica Municipal contabilizou, apenas em fevereiro, 1.993 casos confirmados da doença.
Até o final de novembro, são mais de 5,6 mil casos de dengue confirmados entre os rio-branquenses.
“Esse levantamento indica como nossos bairros estão com respeito ao mosquito da dengue, quais têm bastante larvas, onde está a proliferação do mosquito. Foi detectado que Rio Branco se encontra em alto risco, podendo, se nós não intensificarmos as ações juntamente com a população, ter um surto ou epidemia de dengue. Esse levantamento serve para nortear por onde vamos começar nossa intensificação”, destacou a coordenadora do Departamento de Vigilância Epidemiológica de Rio Branco, Socorro Martins.
A coordenadora confirmou que já foi lançada a campanha de prevenção e combate ao Aedes aegypti, com visita dos agentes de endemias e borrifação nos locais onde os índices de infestação foram maiores.
“Toda cidade está com índice de infestação alto, sendo que em alguns lugares esse índice extrapolou o que estávamos esperando. Então, já iniciamos nossos trabalhos na Parte Alta da cidade, incluindo bairro Montanhês, Adalberto Sena, também passamos pela área do Bosque, que tem um índice muito alto”, confirmou.
Para evitar um novo surto, a Vigilância Epidemiológica pede que a população coloque em ação os cuidados com os quintais, lixo, reservatórios de água e outros para evitar a proliferação do mosquito durante o período de inverno.
“Estamos orientando a população para estar fazendo essas ações junto conosco, que recebam o agente, acompanhem na visita, ouçam as informações do agente que vão informar o que deve ser feito periodicamente e coloquem isso na rotina para que possamos, juntos, evitar uma nova epidemia”, reforçou a coordenadora.
G1.globo.com