Rondônia
Estudante indígena de Rondônia classificado para a Olimpíada Nacional de Ciência
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Classificado para a segunda fase da Olimpíada Nacional de Ciência (ONC), o aluno indígena Cleberson Cinta Larga, da Escola Indígena Rosana Cinta Larga, de Espigão Oeste, faz história na educação de Rondônia e demonstra que os esforços e os investimentos das instituições e do Governo do Estado estão sendo bem empregados e chegam nos mais diversos níveis da educação.
De acordo com a professora Maria Conceição Alves, secretária adjunta da Educação (Seduc), de fato, essa conquista é o resultado do empenho do Governo em proporcionar condições, meios e recursos para as 114 escolas indígenas do Estado que acolhem e formam 3.782 alunos de todas as etnias, espalhadas por 13 municípios, com professores e técnicos com conhecimento sobre a cultura de cada povo.
O aluno Cleberson Cinta Larga é apenas um exemplo de valor desses povos, eis que foi o único ligado à Coordenação Indígena de Espigão do Oeste a se inscrever na Olimpíada, que poderia revelar outros nomes de estudantes indígenas classificados no certame. Nesta Coordenadoria são ao todo 8 escolas – 3 de ensino médio e 5 do ensino fundamental -, que atendem a 270 alunos matriculados, sem levar em consideração o grande número de alunos indígenas matriculados nas escolas da rede estadual do ensino regular.
Não há dúvida do interesse público na formação adequada dos jovens indígenas. Para se ter ideia, dos 400 professores que atuam nas salas de aulas, 300 são indígenas, que carregam a própria cultura e todo o interesse com a formação de seus povos. Segundo a professora Maria Conceição, pelo menos mais 98 novos professores estão em formação, e já devem estar em sala de aula a partir do próximo ano letivo (2020).
Importa destacar que os 3.782 alunos indígenas de Rondônia estão matriculados e frequentam as 114 escolas distribuídas pelos municípios de Espigão do Oeste, Vilhena, Alta Floresta do Oeste, Mirante da Serra, Pimenta Bueno, Cacoal, Nova Mamoré, Jaru, São Francisco do Guaporé, Seringueiras, Chupinguaia, Porto Velho, Distrito de Extrema de Rondônia e Guajará Mirim, que conta atualmente 31 escolas indígenas em pleno funcionamento.
OLIMPÍADA NACIONAL DE CIÊNCIAS
De acordo com informações da página oficial, a Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) é promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) e constitui um programa da Sociedade Brasileira de Física (SBF), Associação Brasileira de Química (ABQ), Instituto Butantã e Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), responsáveis por sua execução por intermédio da Universidade Federal do Piauí (UFPI), com o objetivo despertar e estimular o interesse pelo estudo das ciências; aproximar as instituições de ensino superior, os institutos de pesquisa e sociedades científicas das instituições do ensino médio e do ensino fundamental, e identificar talentos para as ciências e incentivar o ingresso desses alunos nas áreas científicas e tecnológicas, entre outros.
Para as autoridades do MCTIC, as olimpíadas do conhecimento existem como forma de incentivo a estudantes de um modo geral, descobrindo novos talentos e incentivando a boa prática de se estudar e crescer com o conhecimento.
Nesta primeira fase (2019) que classificou o estudante indígena de Rondônia Cleberson Cinta Larga, as provas da ONC foram realizadas na própria escola. Já para a segunda fase, no próximo dia 21, das 14h as 17h, as provas vão contemplar as disciplinas de física, química, biologia e astronomia, buscando aferir o conhecimento integrado dos participantes nesses temas, com resolução de problemas e capacidade de exposição.
De acordo com o regulamento e coordenação até o dia 01/11 serão divulgados os resultados da Olimpíada Nacional de Ciências e no dia 28/11 ocorre a solenidade de premiação, na capital do estado que tiver maior número de alunos premiados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC).