Internacional
Estados Unidos começam a treinar soldados ucranianos na Alemanha
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Departamento de Defesa americano afirma que forças da Ucrânia estão aprendendo a usar sistemas avançados de defesa e a manusear armamento pesado, como armas de longo alcance e veículos blindados.
“Hoje posso anunciar que os Estados Unidos começaram a treinar sistemas-chave com as forças armadas ucranianas nas instalações militares dos EUA na Alemanha”, afirmou o porta-voz do Departamento de Defesa, John Kirby, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (29/04).
Segundo Kirby, o programa de treinamento ocorre em coordenação com o governo alemão. “Estamos gratos pelo apoio contínuo da Alemanha”, disse o porta-voz.
Cerca de 50 ucranianos foram treinados a usar um obus, uma arma de longo alcance. Os soldados também aprenderão a usar sistemas de radar e veículos blindados.
Kirby disse ainda que a maior parte do treinamento está sob a responsabilidade da Guarda Nacional da Flórida, que já havia treinado as forças ucranianas antes da invasão do país pela Rússia em 24 de fevereiro.
“A recente reunião desses membros da Guarda Nacional da Flórida com seus colegas ucranianos, segundo nos disseram, foi emocionante, devido aos fortes laços que foram formados enquanto viviam e trabalhavam juntos antes de se separarem temporariamente em fevereiro”, acrescentou o porta-voz americano.
Segundo ele, os soldados ucranianos treinados “serão basicamente treinadores eles mesmos, pois vão voltar para a Ucrânia e treinar seus companheiros e equipe”.
Apoio ocidental à Ucrânia
Kirby afirmou ainda que o treinamento das forças ucranianas está ocorrendo também em outras partes da Europa, mas não divulgou locais.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, havia dito no final de março que tropas americanas estavam treinando soldados ucranianos na Polônia, mas essa afirmação foi posteriormente negada por autoridades militares.
Países como a Alemanha têm apoiado Kiev em meio à guerra travada pela Rússia. Nesta semana, o Parlamento alemão aprovou o envio de armas pesadas, como sistemas antiaéreos e veículos blindados, e sistemas complexos de defesa à Ucrânia. Berlim também deverá enviar mais soldados para aumentar a presença da Otan no Leste Europeu.