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Esses são os verdadeiros motivos para o fim de Vikings


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Quando o History anunciou que faria pela primeira vez uma série fictícia roteirizada, as reações vieram com um tom de ceticismo. Contudo, Vikings se provou um verdadeiro sucesso. Propagandeada como uma série para competir com Game of Thrones, da HBO, seus níveis de violência certamente se equiparam. Mas para aqueles que buscam uma história não-fantasiosa, não há dúvidas de que o a série baseada em fatos reais se sobressai.

O FIM DE VIKINGS

Em janeiro de 2019, foi anunciado oficialmente que a 6ª temporada de Vikings seria, enfim, sua última. Enquanto isso pode ter pego alguns fãs de surpresa, já que o sucesso do show só parece aumentar a cada ano que passa, os sinais de seu fim (ou ragnarok?) estavam aí para qualquer um ver. Mas não fique aflito caso você não tenha percebido. Aqui estão os verdadeiros motivos que levaram o show ao seu final.

As verdades por trás do fim

A série nunca se recuperou da morte de Ragnar

A intensa e carismática interpretação de um fazendeiro-que-se-torna-viking Ragnar Lothbrook por Travis Fimmel era a alma e coração do show. Então quando o personagem foi morto na 4ª temporada, a série nitidamente fez um aposta alta. Segundo Erik Kain, da Forbes, a aposta não valeu a pena.

“Graças a Deus”, disse Kain depois de saber do cancelamento da série. “O programa está perdido no mar há muito tempo e provavelmente deveria ter sido encerrado com a morte de Ragnar e a saída do líder, Travis Fimmel”.

Certamente, ele não está sozinho. Basta procurar pelo nome da série nas redes sociais que você encontrará uma multidão de fãs que ainda estão viúvos da personagem, e que esperam vê-la retornar, de alguma forma, na 6ª temporada.

Os filhos de Ragnar não conseguiram substituir o pai

Quando Ragnar morreu, muitos dos espectadores imaginaram que um de seus filhos acabariam o substituindo como protagonista, provavelmente viajando para a Inglaterra e vingando sua morte. Talvez algo próximo do que vimos em Game of Thrones, quando Ned Stark é morto e seu filho, Robb, assume seu papel como patriarca Stark e lidera a guerra contra os Lannisters.

Contudo, diferente do que aconteceu com Robb, que conquistou o público ao ponto de protagonizar O Casamento Vermelho, uma das cenas mais lembradas e odiadas da série, na qual a personagem de Richard Madden encontrou seu fim, os filhos de Ragnar não conseguiram ocupar a vaga no coração do espectador deixada por seu pai.

A audiência começou a despencar

A 6ª temporada de Vikings foi encomendada pelo History antes mesmo da 5ª temporada ter estreado. Naquele momento, ninguém sabia que ela se tratava da última do show. De fato, ela não seria caso a audiência tivesse continuado lá em cima.

Somente com essas informações, poderíamos supôr que a ausência de Ragnar influenciou novamente aqui. Isso pode ser verdade. Mas não é o fator determinante. De acordo com o TV Series Finale, a 4ª temporada de Vikings caiu de forma gritante, perdendo 44% de seus telespectadores.

Mesmo que o History tenha renovado a série mesmo assim, o canal deve ter previsto o início do fim. Ainda assim, caso a 5ª temporada conseguisse renovar o show ao ponto de trazer de volta seu público ou, quem sabe, angariar novos espectadores, a série poderia continuar por anos. Mas as coisas não foram assim. E não param por aqui.

Séries “rivais” começaram a ganhar força

Vikings já foi concebida à sombra de Game of Thrones. Contudo, como as séries se distanciavam por causa do aspecto fantástico do show da HBO. Mas o sucesso do programa inspirou novas apostas de outras emissoras. E essas apostas começaram a dar certo.

Um bom exemplo é O Último Reino, série baseada nas Crônicas Saxônicas de Bernard Cornwell. Com sua estreia em 2015, muitos o viram como mais um programa tentando surfar na onda de Game of Thrones e Vikings. No entanto, ao final de sua primeira temporada, ela já era aclamada pelos críticos. Devido ao seu aspecto mais real do fantasioso, o show acabando criando rivalidade com Vikings e não com Game of Thrones.

NorsemenFrontier, a própria Knightfall: A Guerra do Santo Graal, do mesmo History, ou ainda mesmo Black Sails. Todas essas séries foram criando alternativas para aqueles que gostavam de Vikings. Embora nenhuma delas tenha alcançado o seu sucesso, elas acabam por espalhar um pouco a audiência do show.

A história não acabou. Mas a História já!

“Nenhum dos vikings daquela época deixou algum registro escrito sobre suas façanhas”, escreveu Justin Pollard, consultor histórico da série. “O que temos são as escassas crônicas das pessoas que eles atacaram e as sagas lendárias que bordam sua história para a glória do povo escandinavo”.

De fato, nem ao menos existe uma prova de que Ragnar Lothbrok existiu. Embora o criador Michael Hirst clame que há “evidências substanciais” para acreditar que ele de fato isso aconteceu, ele também admite que existem muitos buracos que precisaram ser preenchidos.

No entanto, Ragnar está morto e o pouco do que é realmente conhecido da história de seus filhos já foi explorado pela série. Bjorn já visitou o Mediterrâneo e a África, como sugerem as lendas. Ele e seus irmãos já vingaram a morte de seu pai. Agora, o show está a beira de adentrar a pura ficção. E não é exatamente isso que seu público procura.

Observatorio de series

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