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“Espero que pegue a pena máxima”, diz pai de adolescente que teria sido morto por cuiabano em Portugal


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O pai do adolescente português Rodrigo Lapa, Sérgio Lapa, disse esperar que a Justiça brasileira aplique pena máxima ao cuiabano Joaquim de Lara Pinto, padrasto do menino e apontado como o principal suspeito de ter assassinado o garoto. Em entrevista a uma TV de Portugal, o homem diz acreditar que o responsável pela morte do seu filho tenha recebido ajuda e coloca a mãe da vítima sob suspeita.
 
Na entrevista, Sergio comenta que Rodrigo nunca reclamou de maus tratos por parte do padrasto cuiabano e bateu na tecla, diversas vezes, de que ele e a mãe do garoto são culpados pelo crime: “Quando me disseram que meu filho estava desaparecido, eu sabia que tinha algo errado, ele não era de fugir. Tem que ter mais cúmplices, quem o matou não foi apenas uma pessoa”.
 
Sérgio também levantou a possibilidade de que a mãe de Rodrigo e o padrasto cuiabano desempenhavam algo de ilícito em Portugal: “Tinham uma vida em que podiam comprar passagens para o Brasil, certamente tinham uma economia”. O homem acredita que Rodrigo tenha ouvido alguma discussão entre o casal, que envolveria estas atividades: “O Joaquim fugiu para o Brasil no dia seguinte ao ocorrido. Não é algo normal”.
 
O pai de Rodrigo também questiona as medidas tomadas até agora: “Entregar o passaporte para quê? Não há extradição do Brasil para Portugal. Ele diz que não fez nada, mas porque fugiu?”.
 
A investigação da Polícia Judiciária de Portugal foi concluída e o processo encaminhado para o Brasil, onde o cuiabano deve ser julgado. Joaquim foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver. Quando ouvido pela Interpol, ele se disse inocente e depois reservou-se ao direito de permanecer em silêncio.
 
Na ocasião, Joaquim entregou um laudo de um médico psiquiatra, que apontou a impossibilidade dele prestar depoimento. O documento explica que o cuiabano está “sem discernimento”.
 
Também à época, um mandado de busca e apreensão chegou a ser cumprido pela Interpol, com a presença de dois investigadores da Polícia Judiciária de Portugual. Atualmente, Joaquim vive em Cuiabá.

Outro lado

A defesa do cuiabano informou que ainda deve se posicionar sobre o caso posteriormente.

Revolta

Em uma entrevista concedida em 2016 ao Olhar Direto, Sérgio relatou o drama que vive após a morte do garoto, que foi assassinado em fevereiro daquele ano, em Lagoa (Distrito de Faro, em Portugal). Na entrevista, Sérgio afirma que mataria o responsável pelo crime e que descobriu o que era ódio após o homicídio. 

O caso
 
O cuiabano Joaquim de Lara Pinto é alvo de investigação da Polícia Judiciária (PJ) de Portugal que apura a morte do enteado dele, Rodrigo Lapa, 15 anos, que foi encontrado morto a 100 metros de casa, em Lagoa, após uma semana de desaparecimento. O mato-grossense já tinha as passagens para o Brasil compradas um mês antes da morte do adolescente. Segundo a imprensa local, ele é apontado como o principal suspeito.
 
De acordo com as informações da imprensa local, o adolescente desapareceu no dia 22 de fevereiro de 2016, mesmo dia em que Joaquim retornou ao Brasil. Rodrigo Lapa foi encontrado com as mãos amarradas e uma corda atada ao pescoço. Segundo a mãe do garoto, Célia Barreto, o cuiabano já havia marcado a viagem há um mês.
 
Exames complementares divulgados pela Polícia Judiciária de Portugal apontam que o jovem Rodrigo Lapa, de 15 anos, foi morto por estrangulamento mecânico, provavelmente pelo braço de seu padrasto, o cuiabano Joaquim Lara Pinto. Depois se contradizer em vários depoimentos e alegar que padrasto e enteado tinham uma boa relação, a mãe do adolescente, Célia Lapa, confessou ter presenciado a agressão sofrida por Rodrigo e ouvido seus gritos no dia do assassinato.
 
Após uma discussão, Joaquim teria se escondido e esperado o adolescente sair do quarto para agarrá-lo pelo pescoço e arrastá-lo para a cozinha da casa onde viviam, mantendo-o imobilizado. De acordo com a imprensa portuguesa, a mulher alegou não ter contado isto à polícia antes por medo de que Joaquim fizesse alguma coisa contra ela ou contra a filha que tem com ele, que na época tinha seis meses. Mesmo assim, a mulher teria mantido contato por telefone com o companheiro após o crime.

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