Medicina
Esperança para pacientes com câncer
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Com mais de 6.900 pacientes beneficiados mundialmente com o tratamento, em Curitiba, o procedimento passa a ser realizado pelo Instituto Pasquini, no Hospital Nossa Senhora das Graças, primeiro hospital do Sul do Brasil a realizar a terapia com células CAR-T em paciente adulto com Linfoma. “Esse é um momento de muita alegria e esperança para muitos pacientes que já não tinham mais opções de cura. Ficamos muito honrados em manter o pioneirismo que sempre identificou nossa equipe”, diz a Dra. Caroline Bonamin dos Santos Sola, hematologista do Instituto Pasquini.
A terapia com células CAR-T consiste em um medicamento preparado com as células de defesa do próprio organismo do paciente (linfócitos T), extraídas e enviadas para um centro de fabricação dos EUA (Novartis) onde serão manufaturadas e modificadas geneticamente em laboratório, para que, ao serem devolvidas ao paciente, por meio de uma infusão parecida com uma transfusão de sangue, possam combater o câncer. “Com certeza, a experiência do Dr. Pasquini e de todo nosso grupo com transplante de medula óssea favoreceu a homologação do HNSG como Centro de Terapia Celular. E isso é motivo de muito orgulho para todos nós, oferecer um tratamento inovador e revolucionário como esse para os pacientes da saúde suplementar de toda região Sul”, diz Dr. Samir Kanaan Nabhan, hematologista da equipe, treinado no Memorial Sloan Kettering em Nova York em 2022 para trazer essa inovação para o HNSG, e que está a frente do programa de terapia celular na instituição.
Para a realização desse procedimento é necessário que os hospitais sejam especializados em Transplantes de Medula Óssea (TMO), com estrutura médica, multidisciplinar, estrutural e tecnológica adequada. No HNSG, o Instituto Pasquini é coordenado pelo Dr. Ricardo Pasquini, pioneiro no Brasil e na América Latina na realização do transplante de medula óssea.
O primeiro produto disponível no Brasil está indicado para pacientes com os seguintes diagnósticos- leucemia linfoblástica aguda (até 25 anos) e linfoma difuso de grandes células B (adultos) e doença recaída ou refratária. A medicação é produzida pela empresa Novartis por meio de engenharia genética celular com a célula do próprio paciente, aprovado pela ANVISA em 2022.?
Para a Novartis Brasil, a realização da terapia no país é um marco histórico. “É a concretização de uma solução que a ciência vem buscando há décadas para estes pacientes que enfrentam doenças tão devastadoras, com base em pesquisas científicas e estudos clínicos e tendo cumprido todos os requisitos regulatórios para o registro no Brasil”, ressalta Lenio Alvarenga, diretor médico de Innovative Medicines da Novartis Brasil.