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Espaço saúde: O que é a vitamina K?


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A vitamina K é um grupo de vitaminas lipossolúveis estruturalmente similares que o corpo humano necessita para a síntese completa de certas proteínas que são pré-requisitos para a coagulação do sangue e que o corpo também precisa para controlar a ligação de cálcio nos ossos e outros tecidos. Sem a vitamina K, a coagulação do sangue fica seriamente prejudicada, podem ocorrer sangramentos descontrolados e os ossos podem enfraquecer, potencialmente levando à osteoporose e à calcificação de artérias e outros tecidos moles.

A vitamina K inclui duas modalidades: vitamina K1 e vitamina K2. A vitamina K1, também conhecida como filoquinona, é produzida pelas plantas e é encontrada em maior quantidade em vegetais de folhas verdes. As bactérias da flora intestinal dos animais podem converter K1 em vitamina K2 (menaquinona). Existe ainda uma forma sintética de vitamina K, a vitamina K3 (menadiona), que não é mais usada em casos de deficiência de vitamina K, por ser tóxica.

A primeira menção a uma vitamina atuando na coagulação, que tomaria a denominação de vitamina K, foi feita em 1929, pelo cientista dinamarquês Henrik Dam (o K vem de Koagulation, palavra dinamarquesa para “coagulação“). A função exata da vitamina K não foi descoberta até 1974, quando foi isolado o fator de coagulação dependente dela.

Quais são as consequências da deficiência de vitamina K?

As dietas médias comuns não são deficientes em vitamina K e, por isso, a deficiência primária é rara em adultos saudáveis. Recém-nascidos correm maior risco de deficiência. Pessoas com uma deficiência de vitamina K incluem aquelas que sofrem de danos no fígado (por exemplo, alcoólatras), fibrose cística, doenças inflamatórias do intestino ou as que recentemente realizaram cirurgias abdominais.

A deficiência secundária de vitamina K pode ocorrer em pessoas com anorexia, naquelas que estejam em dietas rigorosas e naquelas que tomam anticoagulantes, salicilatos e barbitúricos.

A deficiência de vitamina K1 pode resultar em distúrbios de sangramento. Os sintomas da deficiência de K1 incluem anemia, nódoas negras, hemorragias nasais e sangramento das gengivas em ambos os sexos e sangramento menstrual intenso em mulheres.

Osteoporose e doença coronariana estão fortemente associadas a níveis mais baixos de K2. O nível de ingestão de vitamina K2 está inversamente relacionado à calcificação aórtica grave e à mortalidade.

Qual é o mecanismo fisiológico da deficiência de vitamina K?

A vitamina K1, precursora da maioria da vitamina K na natureza, é encontrada em plantas verdes, onde atua na fotossíntese. Por essa razão, a vitamina K1 é encontrada em grandes quantidades nos tecidos fotossintéticos das plantas (folhas verdes e vegetais folhosos verde-escuros, como couve e espinafre), mas ocorre também em quantidades muito menores em outros tecidos vegetais (raízes, frutas, etc.). A vitamina K2 é encontrada em produtos lácteos e é produzida pelas bactérias do intestino.

A vitamina K1 passa pelo fígado, onde participa da síntese de substâncias que ajudam a coagulação sanguínea normal. A vitamina K2 vai direto às paredes dos vasos sanguíneos, dos ossos e dos tecidos. Como outras vitaminas lipossolúveis (A, D e E), a vitamina K é armazenada no tecido adiposo do corpo humano.

Usos preventivos e terapêuticos da vitamina K

A vitamina K atua de maneira essencial no processo de coagulação sanguínea. Ela é fundamental para síntese hepática de proteínas envolvidas neste processo, ajudando as proteínas a se transformarem em fatores que contribuem para a coagulação do sangue. Esta vitamina também contribui para melhorar a cicatrização. Outros benefícios médicos da vitamina K são:

  1. Ajuda a prevenir a calcificação das artérias, uma das principais causas de ataques do coração.
  2. Melhora a saúde óssea, ajudando a manter a densidade óssea e reduzindo o risco de fraturas, especialmente em mulheres.
  3. Diminui a dor da cólica menstrual e outras dores menstruais.
  4. Em altas doses, a vitamina K reduz o risco de câncer de próstata, cólon e estômago.
  5. Ajuda a coagular o sangre e evitar hemorragias.
  6. Melhora a função cerebral.
  7. Ajuda a diminuir a incidência de cáries e outros problemas na boca.

Os fatores de coagulação do sangue dos recém-nascidos são de aproximadamente 30 a 60% dos valores dos adultos; isto pode ser devido à síntese reduzida de proteínas precursoras e à esterilidade de suas entranhas. O leite humano contém 1 a 4 ?g/L de vitamina K1, enquanto outros leites podem conter até 100 ?g/L. As concentrações de vitamina K2 no leite humano parecem ser ainda inferiores às da vitamina K1.

O sangramento em bebês devido à deficiência de vitamina K pode ser grave, levando à hospitalização, transfusões de sangue, danos cerebrais e morte. A suplementação pode prevenir a maioria dos casos de sangramento por deficiência de vitamina K no recém-nascido. A administração intramuscular de vitamina K é mais eficaz na prevenção de sangramento tardio por deficiência de vitamina K do que a administração oral.

A vitamina K1 (filoquinona) não é tóxica quando consumida por via oral, mesmo em grandes quantidades. No entanto, a menadiona (precursor sintético de vitamina K) pode causar toxicidade, não devendo ser utilizada para tratar a deficiência de vitamina K.

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