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Esgoto transborda em unidade prisional de Guajará-Mirim, em Rondônia, e gera transtorno


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Problema se espalha por locais com residências em Guajará-Mirim. (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

Parte do esgoto da Casa de Detenção de Guajará-Mirim, região a pouco mais de 330 quilômetros de Porto Velho, vem transbordando no pátio da unidade prisional desde o ano passado. O mau cheiro e a água que escorre pelas ruas têm gerado reclamações de moradores, familiares dos presos e até dos agentes penitenciários.

Segundo a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), o esgoto era despejado de forma irregular na rede de escoamento de água da chuva da região.

No mês passado, equipes da Semosp chegaram a bloquear a passagem e a água que vai para o ralo dentro da unidade prisional, que contém 226 presos, mas com capacidade para 160.

Transtornos

O esgoto, atualmente, corre pela Avenida 1º de Maio e causa transtornos. O morador Mário Sérgio disse que antes a rua estava alagada por causa do período chuvoso. Agora, segundo ele, o problema é o esgoto a céu aberto.

“O mau cheiro é grande. E essa água de esgoto forma uma vala. Minha preocupação é alguém cair e se machucar, além de pegar uma doença”, lamentou Mário Sérgio.

O auxiliar de despachante Mateus Gomes trabalha e mora na Avenida 1º de maio. De acordo com ele, o pior horário é na parte da noite, já que o mau cheiro aumenta.

“Quando chega 19h ninguém fica fora de casa. Me preocupo com meu filho, pois ele é pequeno e toda hora quer ficar brincando aqui fora”, explicou Mateus Gomes.

Possível projeto

O diretor de segurança da Casa de Detenção, Aldir Gomes, informou que, para tentar minimizar o problema, está sendo feito um racionamento de água na unidade prisional. “A Casa tem três fossas. O que está vazando fora da unidade são apenas os dejetos líquidos, ou seja, não tem fezes”, explicou.

Segundo ele, os presidiários não são afetados pelo esgoto, apenas pelo racionamento de água. Entre os servidores da unidade também não há casos de doenças ocasionadas pelo transbordamento do material da fossa.

A previsão, agora, é de que seja construída uma estação de tratamento de esgoto. O engenheiro responsável pelo projeto, da Secretaria de Estado e Justiça de Rondônia (Sejus), David Moisés Monteiro, informou que pediu uma análise do material que tem vazado.

“O projeto está sendo feito. O prazo de entrega é 30 dias, mas ainda não há data para começar nem terminar a obra.”, relatou Monteiro.

O engenheiro relatou, ainda, que não sabe qual valor será destinado a obra, muito menos de onde será disponibilizado o recurso. “Será construída uma estação de esgoto baseado em lodo ativado, considerado o sistema mais moderno de tratamento com 95 % de eficiência. Um projeto semelhante está sendo concluído na casa de detenção de Jí-Paraná”, concluiu.

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