Agronegócios
Eraí Maggi lidera produtores do Estado para construir ferrovia orçada em quase R$ 13 bilhões
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![](https://www.onortao.com.br/wp-content/uploads/2018/09/ferrograo.jpg)
O empresário Eraí Maggi está unindo produtores de soja e milho do Estado para construírem uma ferrovia, que ligará Sinop até o porto fluvial de Miritituba (PA), no Rio Tapajós. A obra, segundo reportagem do jornal Estado de São Paulo, custará aproximadamente R$ 12,7 bilhões ao grupo.
Batizado de ‘Ferrogrão’, o projeto está a cinco anos na pauta do Governo, mas não saiu do papel. A ideia da ferrovia partiu de grandes empresas como: Amaggi, Bunge, Cargill e a estruturadora Estação da Luz Participações (EDLP).
Casados de esperar, os produtores decidiram fazer a ferrovia por conta própria, colocando dinheiro no projeto. Há duas semanas, uma assembleia da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja – MT) aprovou por unanimidade a proposta de se criar um fundo de aproximadamente R$ 600 milhões ao ano para custear o investimento.
Para Eraí Maggi, o todo o investimento valerá a pena por conta dos benefícios que a ferrovia trará para o setor e conseqüentemente para o Estado. “Torna-se troco, perto dos benefícios que vai trazer ao produtor”, afirmou.
Eraí também disse ver a Ferrogrão como uma estratégia para manter a competitividade do agronegócio brasileiro. “Não adianta a gente pensar que só nós somos bonitos”, disse. “Os chineses estão arrendando terras na Rússia para plantar milho”, explicou.
A Ferrogrão, tecnicamente chamada EF-170, é o projeto de uma ferrovia longitudinal brasileira que formará o corredor ferroviário de exportação do Brasil pela Bacia Amazônica, na Região Norte do país. A ferrovia contará com uma extensão de 1.142 km, conectando a região produtora de grãos do Centro-Oeste ao Porto de Miritituba na margem direita do rio Tapajós, em Itaituba, no estado do Pará.