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Envelhecimento e coluna: doenças podem causar crises diversas à população


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A expectativa de vida do brasileiro é, atualmente, de 76 anos. Isso significa que a população está envelhecendo e de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contará com mais idosos que crianças em 2060. A terceira idade já conta, inclusive, com uma data comemorativa no calendário: 01 de outubro é o Dia Mundial do Idoso.

E com o avanço da idade os problemas da coluna também tendem a crescer, consequência natural de um processo degenerativo do corpo, em que a região vai se tornando mais frágil e suscetível a doenças como hérnia de disco, escoliose, osteoporose, artrose, mielopatia cervical e espondilolistese.

“Considerando que cerca de 90% das pessoas terão algum problema relacionado à lombalgia (dor de coluna) ao longo da vida, com comprometimento funcional agudo ou crônico, é de grande importância ter atenção com o tema que gera consequências em níveis gerais para a saúde pública”, relata o neurocirurgião de coluna e especialista pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), Dr. Alexandre Reis Elias.

O médico relata a necessidade da aplicação de uma medicina integrada, multidisciplinar preventiva e curativa. “Não podemos reverter os processos degenerativos, mas podemos atuar para minimizar sua evolução e melhor conduzir seus efeitos com hábitos e tratamentos que devolvam a funcionalidade e qualidade de vida aos pacientes”, explica o médico.

Algumas práticas simples já podem fazer uma grande diferença e geram mais resultados à medida que o paciente se discipline para o seu seguimento em longo prazo, para a vida toda.

“São atitudes para uma melhora da saúde física e mental”, avisa o médico, que listou a seguir algumas medidas:

1. Alimentação: mais do que comer alimentos saudáveis, comer de forma equilibrada é fundamental para a nutrição de fibras, ossos, músculos, colágeno que são sustentação ao nosso corpo. Dentro deste tema, entra a importância também da manutenção do peso para evitar sobrecarregar vertebras que ao envelhecer já tendem a estreitar e desgastar;

2. Atividade física: ligado ao primeiro ponto, ter uma rotina de exercícios colabora para o aumento da força, flexibilidade, e boa sustentação da coluna, sendo a musculação especialmente indicada na terceira idade. RPG, Yoga e Pilates também são bastante indicados para o fortalecimento e reeducação postural. Entretanto, é importante praticar atividades físicas sob orientação profissional para não cometer riscos de realizar posturas erradas ou pegar peso em excesso;

3. Check-up médico: consultar o especialista em coluna a partir dos 40 anos para a realização de check-up, incluindo análise de densitometria óssea para a aferição da densidade mineral dos ossos, e identificação precoce de osteopenia e osteoporose é importante para a implementação de um tratamento de reposição de cálcio.

Quando já há a presença de uma doença de coluna e não ocorre uma melhora com os tratamentos convencionais, alguns procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos podem ser indicados. “As técnicas vídeo endoscópicas oferecem menos dor pós- operatória e recuperação bem mais rápida, com o paciente podendo andar no mesmo dia.”, finaliza Dr. Alexandre.

Fonte

Dr. Alexandre Elias é neurocirurgião de coluna, com foco em cirurgia minimamente invasiva, especialista pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), pela Sociedade Brasileira de Coluna Vertebral (SBC), mestre pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e research fellow em cirurgia da coluna vertebral na University of Arkansas for Medical Sciences (EUA).

Foi Chefe do Setor de Coluna da UNIFESP de 2010 a 2015e atualmente é membro do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho.

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