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Entenda quando a dor nos seios é motivo de preocupação


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Uma das principais questões de saúde feminina é sobre o quanto é normal ou preocupante a dor nos seios. O mais importante é sempre manter a calma, pois a dor na mama é um sintoma que pode afetar 70% das mulheres e o principal motivo é a alteração hormonal relacionada à TPM, menstruação ou menopausa. No entanto, pode haver outras situações que precisam ser avaliadas por um especialista, como: cistos nos seios, mastite da amamentação ou câncer de mama.

“Uma mulher que sempre sente dores na região dos seios, durante uma consulta com o seu ginecologista, pode conversar a respeito e tirar essa dúvida. Em muitos casos, ela chega ao consultório assustada, pensando que é uma doença grave, mas trata-se de uma dor cíclica ligada à uma mudança hormonal”, explica o Dr. Rogério Fenile, mastologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia.

Se essas dores não representam riscos à saúde da mulher, mas são severas e atrapalham a sua qualidade de vida, o médico pode prescrever anti-inflamatórios não hormonais. No entanto, segundo o especialista, há aqueles casos que precisam de atenção. “Cada caso tem que ser avaliado individualmente, pois por trás dessa dor pode haver algo mais grave que não deve ser descartado sem uma conversa”, destaca Fenile.

Entre eles estão:

Cistos Mamários

Os cistos mamários podem ou não apresentar sintomas, tudo vai depender do seu tamanho. A lesão costuma ser benigna e, muitas vezes, ela passa despercebida por anos, sendo diagnosticada apenas em um exame de imagem, como a ultrassonografia. Os cistos podem aparecer em qualquer idade, sendo mais comum entre os 35 e 55 anos. Nessa faixa etária, eles estão presentes em 40% das mulheres.

“Um cisto mamário não é câncer e não tem o risco de se tornar um. O que pode acontecer é de um cisto grande atrapalhar a visualização de alguma outra lesão maligna, em um exame de imagem”, diz o mastologista.

Os cistos assintomáticos não requerem nenhum tipo de tratamento. Mas, se ele for palpável, com cerca de 0,5 cm, e trouxer insegurança ou incômodo para a paciente ele pode ser aspirado por uma agulha fina.

Mastite

No caso da mastite, estamos falando de uma inflamação da mama acompanhada ou não de infecção. Muito comum na amamentação, ela pode ser causada por leite represado nos ductos mamários, o famoso leite empedrado, ou por lesões no mamilo. Este último está associado à ferimentos causados durante a amamentação. “A mãe pode ter dor, inchaço, febre e os seios avermelhados. Fazer massagens, compressas e esvaziar a mama pode ajudar. Se a situação persistir, é preciso procurar um médico para que ele avalie o que pode ser feito”, destaca Fenile.

E o câncer?

De acordo com o especialista, raramente a dor nos seios é um sinal de câncer. Os tumores malignos nessa região não costumam causar dores. No caso de câncer haverá sintomas, como: liberação de secreção pelos mamilos, até mesmo sangue; nódulos que estão sempre presentes e não diminuem; coceira frequente na mama ou no mamilo; alteração no tamanho dos seios e inchaço frequente nas ínguas e axilas.

“A melhor forma de identificar é fazendo o autoexame com frequência e procurando um mastologista”, orienta o médico. As mulheres com maiores riscos de ter câncer de mama são as que possuem mães ou avós com câncer de mama, com mais de 45 anos de idade, e as que já tiveram algum tipo de câncer. As mulheres jovens, que amamentaram e que tiveram apenas lesões benignas ou até mesmo cisto benigno na mama, não têm risco mais elevado de câncer de mama.

“Em todo caso, é importante ir ao ginecologista, pelo menos, uma vez por ano, fazer os exames de rotina e realizar a mamografia a partir dos 40 anos de idade”, finaliza o mastologista.

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