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Entenda porque tantas pessoas tem receio de investir em Tesouro Direto


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Quando se fala em investimento, é possível observar diferentes reações, a maioria de aversão ao assunto. Isso pode ser explicado porque grande parte das pessoas costuma associá-lo a duas consequências: perder dinheiro no mercado de ações ou não ganhar dinheiro na poupança.

Ainda que essa mentalidade tenha dado seus primeiros sinais de mudança nos últimos anos, aplicar uma parte do precioso salário ainda causa bastante receio entre os brasileiros. As pessoas permanecem bastante céticas em relação ao poder dos juros compostos nos investimentos e, por isso, preferem estacionar seu patrimônio nas contas convencionais.

Isso ocorre pela falta de educação financeira, claro, mas também pela visão de que investir é algo fora do alcance de pessoas comuns, sendo presente no dia a dia apenas de especialistas, estudiosos e grandes empresários. Como resultado, a experiência acerca do mercado não consegue amadurecer e vão se criando vários mitos em cima dele.

Com relação ao Tesouro Direto, em específico, mesmo que seja uma das aplicações mais seguras do país, ainda existe um pouco de preconceito. Parte dessa visão pode ser justificada pela cultura da poupança e seus efeitos: ao passo que há muita insatisfação com a rentabilidade da caderneta, pouco se faz a respeito, por causa da tradição de usar esse tipo de conta.

Além disso, é possível unir a alguns pontos fracos característicos do Tesouro para desenvolver certo receio em investir nos títulos do governo. Claro, é fato que todo e qualquer investimento possui prós e contras, o que o torna ideal para determinado tipo de investidor; por isso, é preciso sempre avaliar todos os fatores e não se atentar apenas às desvantagens.

Principais motivos de desconfiança e suas justificativas

Antes de mais nada, é preciso compreender que o Tesouro Direto se trata de uma aplicação em renda fixa, ou seja, com rentabilidade previsível e facilmente calculada por meio de uma taxa fixa em porcentagem — para os títulos prefixados —, ou por um índice, como a taxa básica de juros, Selic, ou o IPCA — para os títulos pós-fixados.

O maior benefício que pode ser observado ao falar no Tesouro é a sua segurança, justamente por ser um título público. Na prática, esse investimento é como uma concessão de crédito ao Tesouro Nacional para financiar projetos do Governo Federal, isto é, para que ocorra um calote, seria necessário que o país todo tivesse decretado falência antes!

Talvez por esse motivo que as pessoas acreditem que esta é uma aplicação perfeita. A realidade, porém, é que ela possui algumas questões que podem influenciar negativamente na hora de escolher o investimento ideal; tudo depende do perfil, dos objetivos e de alguns outros fatores, como o nível de educação financeira.

A renda fixa também sofre variações

É natural considerar que a renda fixa é, como o termo pressupõe, invariável. Ao investir, no entanto, é preciso ter em mente que os títulos sofrem variações diárias; claro, na data do vencimento, a rentabilidade será a mesma acordada no dia da aplicação. Mas caso seja necessário resgatar com antecedência, a marcação a mercado incide sobre o Tesouro Direto.

Nada mais é do que a variação, por meio de oferta e demanda, que todo investimento sofre. Por esse motivo, pode-se criar certo receio de aplicar nos títulos públicos, com a ideia de se perder dinheiro no meio do caminho. Mas aqui é bastante simples: basta manter o dinheiro aplicado até o dia do resgate; para isso, procure ter uma reserva para emergências.

Na renda fixa, também incidem impostos

É normal fazer o cálculo da rentabilidade apenas com a porcentagem ou o índice, mas é importante não confundir a rentabilidade oferecida com o valor final na conta. Isso porque incidem impostos e, em determinadas corretoras, uma taxa de administração que são descontadas dos rendimentos, fazendo com que o valor caia um pouco.

Claro, mesmo assim, não é motivo para preocupação ou receio, pois o Tesouro Direto se mostra mais rentável do que outros títulos de renda fixa. Unido à sua segurança, ainda é uma das aplicações com o melhor risco x retorno do mercado financeiro.

O Tesouro pode ser um pouco “temperamentais”

Em momentos de instabilidade — como os que podem ser observados em ano eleitoral — podem ser gatilhos para mudanças bruscas no Tesouro Direto. Sabemos que o cenário político influencia de forma significativa o mercado financeiro e, claro, isso é válido também para a renda fixa.

Como sabemos, o Tesouro Direto também tem oscilações diárias. No entanto, quando elas ocorrem constante e subitamente, é preciso que o Tesouro Nacional tome providências — por isso ocorrem as suspensões das atividades. Elas causam tensão em pequenos e grandes investidores, mas, segundo o próprio governo, servem para estabilizar o preços dos títulos e evitar que se tenha prejuízo.

De maneira geral, é possível notar vantagens e desvantagens em todos os investimentos. Mas, no caso do Tesouro Direto, também é inegável que suas características o tornam uma boa aplicação, segura e rentável. Assim, não é necessário ter receio, basta pesquisar bastante e dar um passo de cada vez.

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