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Medicina

Entenda os riscos de misturar álcool e medicamentos


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Você provavelmente já viu um alerta sobre o uso de bebidas alcoólicas com algum remédio que tomou. O perigo é real: misturar álcool com certas medicações pode causar vômito, dor de cabeça, perda da coordenação motora, sonolência ou desmaio. Além desses prejuízos, o álcool pode alterar a eficácia de um medicamento.

Em linhas gerais, tal interação pode ocorrer com muitos remédios, prescritos ou até naturais. Entretanto, como cada medicamento tem um perfil particular de efeitos colaterais e metabolização, é preciso analisar como cada um deles especificamente interage com o álcool.

Vale lembrar que algumas interações podem ser mais acentuadas em pessoas idosas, uma vez que o envelhecimento pode diminuir a tolerância do corpo ao álcool devido a alterações fisiológicas, como menor teor de água no organismo e eliminação renal prejudicada. Assim, elas se tornam mais vulneráveis para efeitos como sonolência ou danos hepáticos.

Interações por tipo de medicamentos

Analgésicos: muitos dos medicamentos para controle de dores podem ser comprados sem a necessidade de receita médica, mas isso não significa que não há riscos ao serem utilizados concomitantemente com bebidas alcoólicas. Antitérmicos e anti-inflamatórios, que tenham em sua composição ibuprofeno, naproxeno e acetaminofeno, podem interagir com o álcool e provocar dor no estômago, problemas no fígado e taquicardia, dependendo da dosagem do medicamento e da quantidade de álcool consumida. No caso dos relaxantes musculares, as consequências estendem-se da sonolência e tontura a problemas mais perigosos, como risco aumentado para convulsões, prejuízo de memória, diminuição da frequência respiratória e dificuldade de respirar.

Antibióticos: o uso de bebida alcoólica concomitante a alguns antibióticos, como metronidazol, cloranfenicol e sulfas, é contraindicado, pois pode resultar em reação similar ao “efeito antabuse”. Esse efeito é caracterizado por: falta de ar, dor de cabeça, dor no peito, enrubescimento da pele, aumento da frequência cardíaca, tontura, náuseas e vômitos. Recomenda-se permanecer sem consumir bebidas alcoólicas de 48h a 72h após o término do tratamento com as medicações citadas, por conta do tempo de metabolização dos remédios.

Anticonvulsivantes, antidepressivos, sedativos ou ansiolíticos: sua utilização pode apresentar interações sinérgicas com o álcool, acentuando efeitos como sedação, diminuição da coordenação motora e comprometimento da memória, risco de quedas, entre outros.

Não poderia encerrar esse artigo sem alertar para o risco da automedicação. Se não houver indicação médica para o uso de medicamentos, evite! E, se houver, lembre-se que misturar álcool e remédio pode colocar as pessoas em risco de reações perigosas. Converse com seu médico e verifique se a medicação pode interagir com o álcool. Na dúvida, prefira abster-se da bebida.

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