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Endometriose provoca dor e pode ser tratada com hormônios e cirurgia, entenda


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O mês de março é dedicado ao alerta sobre a endometriose, doença que segundo dados do Ministério da Saúde atinge 8 milhões de mulheres no país. Dentre os sintomas, a dor em forma de cólica durante o período menstrual é a mais preocupante, já que pode se tornar incapacitante e impedir que as mulheres exerçam suas atividades.

O médico cirurgião especialista em endometriose, Osvânio Pimenta, que atende no Hospital São Mateus, em Cuiabá, explica que a doença consiste na presença do endométrio, que é o tecido que reveste o interior do útero, em outros órgãos como ovários, intestino e bexiga.

“A endometriose é um processo inflamatório, que pode ser progressivo, e que gera no período menstrual cólica com dor, inchaço abdominal. Com o passar do tempo, a doença crescendo e o processo inflamatório aumentando, a dor pode ficar mais intensa fora do período menstrual”, explica o especialista.

Osvânio ressalta que associada a essa dor bastante característica da endometriose, existem outros problemas que podem estar localizados no órgão onde há lesão.

“Se a endometriose estiver comprometendo o reto, por exemplo, pode dar sangramento via retal e dor ao evacuar. Se tiver lesão comprometendo a bexiga, pode ocasionar dor ao urinar durante o período da menstruação”, exemplifica.

Segundo o Ministério da Saúde, outro problema decorrente da endometriose é a infertilidade, que atinge em média 40% das mulheres brasileiras que são acometidas pela doença.

Quanto ao tratamento, o cirurgião destaca que é possível fazer o bloqueio hormonal, seja com uso de DIU específico, ou uso de hormônio via oral ou injetáveis. Outra modalidade de tratamento é por meio da cirurgia, que dependendo do caso precisa retirar todo o órgão como ovários ou útero, ou tão somente retirar a lesão.

“O ideal é procurar especialistas para definir melhor qual o tipo de tratamento. Doenças superficiais têm tendência de resposta melhor com bloqueio hormonal. Já as doenças mais profundas têm a tendência maior de melhora com o tratamento cirúrgico. O tratamento é sempre individualizado”, ressalta.

Assessoria

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