Acre
Em um ano, Acre registrou 60 denúncias de abuso e 14 de exploração sexual de crianças e adolescentes pelo Disque 100
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Em ABUSOum ano, o Acre registrou 60 denúncias de abuso sexual, 14 de exploração sexual e uma de pornografia infantil de crianças e adolescentes na Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, por meio do Disque 100. Os dados são referentes ao ano de 2017 e foram divulgados no site do Ministério dos Direitos Humanos.
Em todo o Brasil, o Dia Nacional do Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, lembrado no dia 18 de maio, deve intensificar ações de combate contra a exploração.
Dados do Ministério dos Direitos Humanos mostram que em todo o Brasil foram registradas mais de 22 mil denúncias de violência contra crianças e adolescentes pela ouvidoria que incluem também casos de estupro.
Ainda durante o ano de 2017, o Disque 100 registrou no Acre três denúncias de cárcere privado, dois homicídios, 68 casos de lesão corporal, 83 de maus-tratos e duas tentativas de homicídio contra as crianças e adolescentes.
Campanha Proteção
Para combater casos como esses, uma campanha de conscientização contra abusos sexuais de crianças e adolescentes é realizada em Rio Branco. Para debater o tema com a sociedade, a Campanha ‘Proteção’ foi criada pelo Governo Federal em todo o Brasil.
Em Rio Branco, são feitas panfletagens e abordagens educativas em vários pontos da cidade por servidores de instituições como o Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transprote (Sest/Senat), Vara da Infância, Polícia Judiciária e Ordem dos Advogados do Acre (OAB-AC).
“Esse trabalho é de conscientização e também captação de agentes que possam denunciar aos órgãos competentes qualquer tipo de violência contra a criança e ao adolescente. A intenção é divulgar essa campanha e fazer com essas pessoas denunciem”, explica Marina Belandi, vice-residente da OAB-AC.
Nesse primeiro momento, o foco das organizações são os trabalhadores em transporte. Além da conscientização, a campanha tem o objetivo de transformar esses servidores em agentes de proteção contra a exploração sexual de crianças e adolescentes.
“O objetivo é atuar como agentes que são os próprios trabalhadores da área de transporte, caminhoneiros, taxistas, mototaxistas. Em toda a cidade, fazemos blitzen educativas e orientação e pedindo para que essas pessoas sejam nossos parceiros e façam denúncias pelo Disque 100”, destaca a psicóloga do Sest/Senat, Lauana Moreira.