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Em Cuiabá, Tereza Cristina diz que alta nos alimentos se deve à inflação internacional e exalta indígenas agricultores


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A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Tereza Cristina que acompanhou a viagem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a Cuiabá nesta quinta-feira (19) afirmou em seu discurso que a alta no preço dos alimentos se deve à inflação internacional e à pandemia. A gestora ainda exaltou os indígenas agricultores que, em suas palavras, “gostam de trabalhar” e agradeceu o presidente pelo cuidado com a agricultura.

“Presidente, muito obrigada pelo que o senhor tem feito pelo nosso país. Pelo que o senhor tem feito pela nossa agricultura que hoje abastece o Brasil. Às vezes a gente ouve: ‘ah, tá caro’. Está caro sim, nós temos hoje uma inflação mundial dos alimentos. A pandemia desordenou o sistema produtivo mundial. E aqui eu quero cumprimentar todos os agricultores em nome do cacique Roney e do cacique Arnaldo. Os produtores não pararam de trabalhar. E nós abastecemos o povo brasileiro, que tem comida no supermercado. Não faltou alimentos, e não faltará”, afirmou Tereza Cristina.

A ministra iniciou seu discurso, durante o encerramento do Seminário Regional Política de Etnodesenvolvimento e Sustentabilidade, no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá, afirmando que era “um pouco cuiabana”. Logo depois, contou de uma viagem que fez ao povo Pareci, e argumentou a favor da produção agrícola em terras indígenas.

“No primeiro ano do governo eu estive lá com o cacique Arnaldo fazendo a colheita de soja lá nos Parecis, e aquilo nos tocou muito. O ministério da Agricultura e toda a equipe do presidente Jair Bolsonaro. Ele disse uma frase que ficou para sempre marcada. Uma senhora chegou junto lá e disse o seguinte: Ministra, antes nós íamos à cidade e as portas do comércio fechavam, porque não nos queriam comprando nada, nós éramos enxotados. E hoje nós temos recursos, nós temos dinheiro do nosso trabalho. Quando a gente chega na cidade as pessoas querem nos colocar para dentro. Governador, o senhor estava lá naquele dia, dançamos juntos e assistimos à colheita”, lembrou Tereza.

“Hoje é uma pequena amostra do que pode ser feito. São 14 máquinas, mas que serão muito mais, para poder fortalecer a agricultura dos indígenas que querem produzir, que querem ter renda, ter dignidade, ter uma escola agrícola e produzir para essa nação que não tem nada igual ao Brasil, minha gente”, completou.

O evento

OGoverno Federal entregou, nesta quinta-feira (19), 42 equipamentos agrícolas a comunidades indígenas, em Cuiabá (MT). A ação marcou o encerramento do Seminário Regional Política de Etnodesenvolvimento e Sustentabilidade, promovido pela Secretaria de Governo da Presidência da República (SeGov) em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai).

Ao todo, foram entregues 14 tratores, 14 grades aradoras e 14 carretas agrícolas às comunidades indígenas, somando um investimento de cerca de R$ 2,6 milhões, segundo a SeGov. Também está prevista a capacitação dos agricultores indígenas que irão operar as máquinas. O encontro tem a finalidade de impulsionar a produção sustentável nas aldeias.

O evento, chamado Dia de Campo, ocorreu no Hotel Fazenda Mato Grosso e insere-se no contexto do fomento de políticas públicas relacionadas à promoção da autonomia dos povos indígenas por meio do desenvolvimento de atividades econômicas que gerem a valorização e o fortalecimento da cultura indígena.

 

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