Acre
Em Cruzeiro do Sul, prefeitura demite 50 servidores da Saúde e diz que serviços não vão ser afetados
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Sob alegação que precisa se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal, a Prefeitura de Cruzeiro do Sul demitiu, na última semana, mais de 200 servidores. Desse total, 50 funcionários tiveram que deixar a Secretaria Municipal de Saúde.
Depois de um protesto de moradores do bairro do Remanso, a secretária do município, Juliana Pereira, garantiu, na manhã desta quinta-feira (25), que a saída dos servidores não vai prejudicar os serviços nas unidades de saúde. Segundo a gestora, foram demitidos cinco médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais e especialistas.
“Pensamos em estratégias para fazer demissões de forma que não prejudique os serviços de saúde. Tenho que cumprir a lei, porém, tenho que manter a Saúde funcionando, então, não é fácil. Mas, foi pensado, em deixar o número de profissionais de acordo com o de equipes, que é o que a gente recebe do Ministério da Saúde. Temos 38 equipes e vão ficar 38 profissionais, que é o obrigatório pela portaria do Ministério”, afirmou Juliana.
Ainda segundo a secretária, o município teria reduzido apenas o excesso de servidores das unidades de saúde. Ela afirmou que não vai ter sobrecarga de trabalho para os servidores.
“Todos os postos de saúde estão com cobertura. O número de equipes se mantém. Não tenho unidade de saúde hoje, sem profissionais médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Porém, tenho o número reduzido. Eles [profissionais] também continuam com a mesma carga horária. O que eu tinha era um número extra de profissionais”, concluiu.
Além de servidores da Saúde, a prefeitura já teve que dispensar mais de 150 servidores temporários das outras secretarias para baixar os gastos com pagamento de pessoal e atender a lei. Em setembro, o município chegou a 61% de despesas com a folha de pagamento. De acordo com a prefeitura, o município ainda precisa demitir em torno de 300 servidores para se adequar às exigências legais.
Secretária Juliana Pereira disse que os serviços não vão ser prejudicados e nem carga horária de profissionais vai ser alterada — Foto: Mazinho Rogério/G1