Em carta, empresários do AC apresentam medidas ao governo e pedem participação em Comitê de Combate à Covid-19

A reunião ocorreu na última semana, na Federação das Indústrias do Acre (Fieac), e reuniu vários representantes do setor comercial e o governador.

Devido o colapso na saúde que levou à ocupação de 100% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), o Comitê manteve todas as regionais do Acre na fase de emergência, representada pela cor vermelha.

Além da fase vermelha, atualmente o Acre enfrenta medidas que restringe o funcionamento do comércio a 20% da capacidade durante a semana e fechamento total das atividades não essenciais aos finais de semana e feriados e toque de recolher. Pacientes foram transferidos para o estado do Amazonas.

A porta-voz do governo, Mirla Miranda, informou que na próxima reunião do Comitê alguns pontos serão reavaliados, mas tudo depende do aumento ou diminuição de casos.

O boletim da Secretaria de Saúde do Acre de segunda-feira (29) trouxe mais seis mortes pela Covid-19 e 163 novos casos de infecção pelo coronavírus. Com isso, o número de infectados saiu de 68.742 para 68.905 e o total de mortes agora é de 1.240.

• Participação ativa de pelo menos três representantes do setor produtivo no comitê, possibilitando o olhar dos segmentos de indústria, comércio, serviços e agronegócio, de forma que possam também acompanhar e auxiliar na elaboração dos atos normativos que venham a ser publicados.
• Adotar medidas alternativas, adequadas e adaptadas para cada tipo de setor, por um tempo de pelo menos 15 dias, de forma que se possa avaliar seus resultados: Plano de segurança sanitária para todas as empresas; Maior fiscalização; Intensificar os principais focos: Transporte público, bancos, etc.
• Criar uma campanha de conscientização mais direta e transparente, informando sobre a real situação não só dos números, mas também sobre as medidas, a gravidade e a situação de infraestrutura para atendimento dos pacientes, de forma a enfatizar a crua realidade para a população.
• Criar um auxílio emergencial no âmbito do estado. Apesar de estar em vias de aprovação novo auxílio emergencial do Governo Federal, a proposta vem indicando que esta nova edição será de um valor bem inferior ao oferecido no ano passado. Este auxílio estadual irá complementar o federal. Benefício ajudará muito na manutenção da economia.

O presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), José Adriano, disse que a intenção é que todos estejam unidos porque o inimigo em comum é a Covid-19.

“Temos que brigar contra nosso maior inimigo hoje, que é a Covid-19, que vem aí causando tanta tristeza para todos e o setor produtivo está muito preocupado. Nós temos um estado que depende muito desses investimentos, a união agora é importante e nós, enquanto instituições, resolvemos que não vamos discutir de que lado está, vamos nos unir a todos os poderes, principalmente ao municipal, estadual para defendermos o que é nosso”, pontuou.

Além disso, Adriano afirma que o maior objetivo da entrega do documento é que eles sejam ouvidos.

“A gente tem direito a uma vida com segurança, poder trabalhar, evitar constrangimentos, a não marginalização da atividade empresarial, estamos apresentando alternativas que podem muito bem ser discutidas, aceitas ou não, acatadas ou não, mas a gente quer ser ouvido, então, foi um pontapé importante”, concluiu.