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Em 5 dias de agosto, mais de 400 ocorrências de queimadas são registradas em Rio Branco


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O Corpo de Bombeiros do Acre (CBM-AC) registrou mais de 400 chamadas para combater queimadas só nos primeiros cinco dias agosto, em Rio Branco. Contabilizando os últimos três meses, foram 1.412 incêndios ambientais, até o dia 8 de agosto.

De acordo com o major Cláudio Falcão, esta é uma situação que se repete todos os anos. A falta de conscientização é o principal motivo para as queimadas recorrentes.

Além disso, ele informa que destas ocorrências o recorde foi registrado no mês de agosto que teve um aumento de 200% só nos primeiros cinco dias.

“No início de agosto, nesses primeiros dias, nós registramos um acréscimo de de 200% relacionado ao mesmo período do ano passado. Nós tivemos até o dia 5, mais de 200 intervenções diretas, ou seja, combate direto. Porém, o número total é de mais de 400 registros. No mesmo período do ano passado, foram 84 incêndios”, explica o major.

Semeia faz mais de 500 autuações

Os registros da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) não são diferentes. Este ano, nos primeiros sete meses, já foram 512 denúncias que geraram autuações a quem foi flagrado causando queimadas. No mesmo período do ano passado, foram 281 autuações.

Segundo explica o secretário Aberson Carvalho, quando a denúncia chega, a equipe técnica vai ao local, faz o relatório, registro fotográfico e procura o proprietário para que ele seja notificado.

“É aplicada multa. Além disso, nós enviamos o relatório ao Ministério Público para posterior diligência ou abertura de inquérito”, conta o secretário.

De acordo com o secretário, as multas podem ser aplicadas com valores a partir de R$ 255, para multa simples e chegar a mais de R$ 500 nos casos de reincidência.

Prevenção

O major Falcão explica que o trabalho dos bombeiros é de combate e também de prevenção com campanhas educativas.

“Nós fazemos brigadas de incêndio, tanto na zona rural, como urbana. Trabalhamos com associação de produtores, de bairros. Tudo na parte educativa e preventiva”, explica.

As ações de prevenção envolvem atividades como palestras onde se esclarece sobre os riscos da queimada. E na prevenção, a comunidade é ensinada, numa eventualidade, como deve proceder diante de um princípio de incêndio.

“As pessoas acham que não perde o controle com pequenas queimadas, mas perde. Então, trabalhamos massivamente essa parte de educação prevenção”, pontua Falcão.

Na Semeia, o trabalho é semelhante e equipes de educação ambiental atuam com orientação nas escolas, associações, igreja e também nas casas, segundo informa o secretário.

“Para que toda comunidade possa ter a ciência do que é a queima, o perigo que ela causa, a responsabilidade social que cada um tem, a interferência que essas queimadas têm na vida das pessoa”, explica sobre a conscientização.

Carvalho diz que é feito todo um trabalho de educação ambiental. Além disso, são utilizadas as redes sociais e campanha televisiva para fazer o alerta sobre o perigo das queimadas.

Número deve dobrar

De acordo com o major Falcão, o número de queimadas deve aumentar com a chegada dos meses de maior de estiagem do ano.

“Agosto, setembro e outubro são os piores. Então, esse número até agora, sendo otimista, ele dobra, mas deve ser bem maior. As pessoas começaram a queimar agora, tanto que a gente percebe no meio ambiente”, lamenta.

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