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Em 2021, vacinação diminuiu em 95% o número mensal de mortes por Covid-19 de Mato Grosso


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Nos últimos seis meses de campanha de imunização, o número de mortes por Covid-19 foi reduzido em 93% em Mato Grosso. O número de óbitos e casos positivos para a doença passou a ser inversamente proporcional desde que a vacinação teve início. Os dados constam na retrospectiva vacinal feita pelo Olhar Direto com base em dados do LocalizaSus.

No dia 18 de janeiro, a técnica em enfermagem Luiza Batista de Almeida Silva, 43 anos, deu início à imunização como a primeira pessoa em Mato Grosso a ser vacinada contra a Covid-19. Três meses depois, em abril, o processo ainda caminhava a passos curtos, principalmente pela escassez de vacinas no país. Naquela época, Mato Grosso tinha apenas 12% da população vacinada com a primeira dose.

Naquele mesmo mês, em Cuiabá, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) anunciou a instalação de postos de vacinação drive-thru no estacionamento da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Sesi Papa e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

A decisão ocorreu em meio ao aumento, ainda que lento, do volume de vacinas diárias que estavam sendo aplicadas naquele mês e às reclamações de aglomeração no Centro de Eventos do Pantanal, até então, o ponto centralizado de vacinação da Capital.

Em julho, a porcentagem de vacinação no estado atingiu os seus 44% com a primeira dose. Naquele mesmo mês, a vacina desenvolvida pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca com a universidade inglesa de Oxford ultrapassou a CoronaVac (44% das aplicações), da biofarmacêutica chinesa Sinovac, e se tornou o imunizante mais usado no Estado de Mato Grosso com 46% das aplicações.

Três meses depois, em outubro, o estado alcançou os 64% de população imunizada com a primeira dose. No mesmo mês, Cuiabá e outras cidades do estado iniciaram a aplicação de doses de reforço em idosos com mais de 80 anos e trabalhadores da saúde com uma terceira dose da Pfizer.

No fim do ano, após 12 meses de campanha de imunização, Mato Grosso termina 2021 com 71% da população vacinada com a primeira dose e 58% plenamente imunizados. Ao mesmo tempo inicia-se um ano onde a epidemia da Covid-19 dá lugar também à preocupação quanto a Ômicron e o perigo de um surto de H3N2, vírus associado aos surtos de gripe registrado pelo país que teve registros em Cuiabá.

Análise dos gráficos

O pico de mortes mensais causadas pela pandemia Covid-19 foi registrado em abril de 2021 em Mato Grosso.

Naquele mês, onde 2103 pessoas morreram, a porcentagem de cobertura vacinal de primeira dose da população mato-grossense havia acabado de atingir os 12%.

Três meses depois, em julho, a cobertura atingiu os 44% com 752 óbitos mensais, número 64% menor em comparação com o mês de abril. Em dezembro, quando Mato Grosso atingiu 71% de cobertura de primeira dose e registrou apenas 34 óbitos, a queda atingiu o patamar de 95%, em relação a julho.

Em relação ao casos positivos para o novo coronavírus, o pico foi registrado em março com o número mensal de 59.448. Naquele mês a cobertura era menor ainda, 6% da população estava vacinada com a primeira dose. Em junho, os casos tiveram uma queda tímida para 46.125, número ainda alto comparado a desaceleração percebida na curva de óbitos.

Seis meses depois, em dezembro, o impacto da imunização pode ser notado com muito mais evidência, apesar de já ter dado sinais claros de queda desde agosto. No último mês do ano, foram registrados apenas 3.149 casos positivos de Covid-19, número 93% menor do que havia sido registrado em junho.

Olhar Direto

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