Mato Grosso
Eleição em Mato Grosso vai custar R$ 19,8 milhões ao TRE
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A justiça eleitoral irá investir R$ 19,8 milhões na eleição deste ano em Mato Grosso. O montante já leva em consideração o primeiro e o segundo turno, caso ocorra. O valor foi divulgado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) nesta sexta-feira (05) durante prestação de contas.
O montante representa um gasto de R$ 8,52 por eleitor, valor inferior ao registrado em 2014, quando foi desembolsado R$ 20,7 milhões, sendo R$ 9,47 por eleitor.
Durante a prestação de contas, o presidente da Corte Eleitoral de Mato Grosso, desembargador Márcio Vidal alertou os candidatos e os eleitores no que tange a compra de votos. Além de reforçar que a prática é crime, ele destaca que o fato causa “um mal gigantesco ao país”.
“Temos atuado com clareza e transparência em todos os sentidos do TRE. Cobramos o mesmo dos candidatos e eleitores. O maior crime eleitoral ainda é a compra e venda de voto. O eleitor que vende o voto está cometendo um crime, pode ser preso, além de estar fazendo um mal gigantesco ao país. São eleitores que estão contribuindo com a eleição de péssimos políticos, e depois não adianta reclamar que não há investimentos em saúde, educação e segurança”, enfatizou.
Neste domingo (07), 2,33 milhões de eleitores mato-grossenses aptos a votar nos 141 municípios. No total, são 57 Zonas Eleitorais e 1.497 locais de votação.
Dos 2,33 milhões de eleitores no Estado, 1,14 milhão já realizaram o cadastramento biométrico. Desta forma, a eleição biométrica será realizada em apenas 32 municípios. Outras 10 cidades terão eleição híbrida, onde votam eleitores via biometria, e também os que ainda não fizeram este cadastro, como é o caso de Cuiabá e Várzea Grande.
“Nós conseguimos cadastrar biometricamente aproximadamente 50% da população de Mato Grosso. No caso de Cuiabá e Várzea Grande, a biometria foi suspensa, mas a partir de 05 de novembro ela retorna. Na próxima eleição, quem não tiver se cadastrado terá o título cancelado”, adiantou o vice-presidente e corregedor do TRE, desembargador Pedro Sakamoto.
Sobre a logística do dia da eleição, o diretor geral do TRE, Nilson Bezerra, explicou que 49,8 mil pessoas vão trabalhar para garantir a votação.
“Quem faz a eleição é a população de Mato Grosso, a gigantesca maioria se voluntaria para trabalhar no pleito. Teremos 44,8 mil mesários e colaborares, 4,3 mil agentes de segurança, e apenas 504 servidores eleitorais. Esta é a maior operação logística de Mato Grosso, tudo para garantir a realização do pleito e consequente apuração no mesmo dia, tudo para que o nosso Estado amanheça sabendo o resultado da eleição”.
Detalhando o processo de transmissão de votos da urna eletrônica até a apuração total na sede do TRE, a Justiça Eleitoral utilizará três meios de transmissão.
Na maioria das urnas, a mídia de resultados é levada fisicamente do local de votação até a sede do cartório, onde os dados são transmitidos via fibra ótica até o tribunal, em 408 locais a transmissão será feita via internet pelo sistema JE connect, e em 102 locais, por satélite.