Economia
Economia da Amazônia brasileira cresce mais que a média do país, mas rendimento na região continua menor, diz estudo
Compartilhe:
Nos últimos 20 anos, a economia da região amazônica brasileira cresceu 2 vezes mais que o crescimento médio no país, mas ainda assim a renda média das famílias que vivem nesses estados e municípios é menor que a média nacional. É o que aponta estudo feito pela economista Tatiana Pinheiro, do Santander, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).
A Amazônia Brasileira (ou Amazônia Legal) é composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, e parte dos estados do Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. Segundo o levantamento, a região atingiu em 2017 a participação de 8% do total do PIB brasileiro – um avanço em relação aos 5,8% registrados 20 anos antes e aos 7,2% de 10 anos atrás.
No entanto, a desigualdade entre a renda da região amazônica e a média nacional também aumentou, e em 2017 a região tinha salário médio 20% inferior à média do Brasil.
No final do ano passado, enquanto o rendimento médio real no Brasil era de R$ 1.770,40, nos estados e municípios incluídos na Amazônia Brasileira essa média era de R$ 1.380. Isso significa que o rendimento médio da região equivale a 77,9% do nacional – uma piora em relação aos 83,7% de dez anos antes.
Entre as causas para essa desigualdade, Pinheiro aponta “dificuldades de acesso a grande parte das localidades que compõem a Amazônia e a deficiência energética”.
“A forma de produção e política de desenvolvimento adotadas ainda não resultaram em oportunidades de emprego, aumento de renda e melhora na qualidade de vida suficientes para aproximar a região da renda média do país”, diz a economista em seu estudo. “Alguns exemplos disso são a geração de energia elétrica por gerador a diesel e a construção de rodovias, ao invés da geração de energia fotovoltaica e construção de hidrovias.”
- IBGE