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Duplicação da BR-364 e pavimentação do “Meião” da BR-319


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364 garante a força da economia de Rondônia e a 319 é a única ligação rodoviária do Amazonas com o restante do País

Por Waldir Costa / Rondoniadinamica

Rondônia, a exemplo dos demais estados depende do transporte rodoviário. A força da economia tem fortes reflexos na produção agrícola (soja, milho, café, cacau, leite, etc.) e do gado de corte. O Estado está entre os cinco maiores produtores do segmento e, como está livre da vacinação contra a febre aftosa e exporta a maioria do que produz na pecuária.

Apesar da força econômica no agronegócio as riquezas naturais também são destaques, como o ouro do rio Madeira, cassiterita, a mina de diamante de Espigão do Oeste. Com pouco mais de 40 anos de emancipação político-administrativa Rondônia tem dificuldades com o transporte de suas riquezas, devido a precariedade das rodovias federais que cortam o Estado. A preservação deveria ser uma das prioridades do Estado e também da União. A BR 364, por exemplo, é a principal rodovia federal e, como sempre ocorre no período de inverno amazônico (chuvas) fica em péssimas condições.

O trecho da BR 364 entre Porto Velho a Vilhena, na divisa com o Mato Grosso com cerca de 700 quilômetros, tem tráfego diário, no período de safra de grãos (soja e milho) de aproximadamente 2,5 mil carretas, bitrens e treminhões, fora os veículos de passeio. A BR foi construída na década de 80 e o alicerce não tem condições de suportar o volume de veículos, que é intenso e pesado.

Todos os anos, na época do verão amazônico (meses de seca) a BR 364 é recuperada com tapa-buracos e recapeamento de trechos. Ocorre, que ao chegar as chuvas a pista fica totalmente esburacada, o trânsito comprometido e favorável a acidentes. A ligação Porto Velho a Vilhena é considerada o “Corredor da Morte”, devido ao número elevado de acidentes, a maioria com vítimas fatais.

Políticos e autoridades de Rondônia devem se conscientizarem da importância da BR 364 para a região. É por ela que trafega boa parte da produção de soja e milho do Mato Grosso, e a do Estado, que utilizam o porto graneleiro de Porto Velho, no rio Madeira, para exportação, que a cada ano a produção cresce e também o fluxo de veículos, por isso é necessário restaurar a BR no trecho Porto Velho a Vilhena. Tapar buracos e recuperar trechos amenizam, mas não resolvem a situação, e a cada safra a situação da rodovia fica mais crítica.

A reunião dos governadores com o presidente Lula da Silva (PT), esta semana, dentre eles Marcos Rocha (UB), de Rondônia, que cobrou não somente a restauração da 364, mas também a posterior duplicação, para que a demanda de veículos seja atendida. A 364 não é uma questão de economia regional, mas também em dar segurança a quem transporta cargas e gente com segurança.

A iniciativa de Rocha deve receber total apoio da Bancada Federal (senadores e deputados), reeleitos e eleitos, que estarão assumindo na quarta-feira (1º) os respectivos cargos no Congresso Nacional. A questão da restauração e duplicação da BR 364 não estão somente relacionadas à economia regional e até do País, mas à segurança de quem por ela transita.

Outro problema que precisa e deve ser resolvido é a situação da BR 319, que liga Porto Velho a Manaus, a mais importante via terrestre ligando o Amazonas com os demais estados. São cerca de 900 quilômetros de estrada que já foi asfaltada e atualmente tem o chamado “Meião” (cerca de 400km), que devido à falta de conservação voltou a ser de leito natural e, no período de chuvas, como agora, fica praticamente intransitável.

Além da 319 a ligação de Porto Velho com Manaus depende da aviação e da navegação. Avião é um transporte rápido, mas de custo elevado. O barco é o mais utilizado, pelo custo menor, mas uma viagem entre as duas capitais, que demora por terra cerca de 24 horas, pelo rio Madeira são cinco dias.

O maior impasse para a 319, inaugurada na década de 70 é a questão ambiental. Mas é inadmissível, que em pleno século XXI, onde se apertando um botão é possível acabar com o mundo não seja encontrada uma solução para a convivência em harmonia do ser humano com os animais e o meio ambiente.

Bom senso, coerência, responsabilidade, fiscalização ostensiva e permanente são fundamentais no relacionamento ambiental, animal e do ser humano. Maior do humano, porque é um animal racional.

Está correto o governador Marcos Rocha em buscar aproximação com o governo federal, mesmo sendo reeleito apoiando o adversário de Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A campanha terminou no dia 30 de outubro, agora é juntar os cacos e buscar solução para os problemas. A restauração da BR 364 e a conclusão do Meião da BR 319, são prioridades para Rondônia e Amazonas e também para a economia do País.

RONDONIADINAMICA

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