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Duas pessoas são absolvidas e duas são condenadas por morte de jardineiro em júri popular realizado em Juína


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O tribunal do júri condenou Samuel Alves dos Santos e Mailson José de Souza, durante a quinta e sexta-feira após mais de 20 horas de julgamento. Eles foram condenados pela morte do jardineiro Odálio Santos da Silva, na época com 46 anos ocorrido em 1 de setembro de 2017, em Juína, no Mato Grosso. Outras duas pessoas também foram a júri, Jocimara Baltazar de Moraes e o suposto mandante Pedro Siara Junior que foram absolvidos pelos jurados.

Samuel foi condenado a 15 anos e 6 meses de reclusão e Mailson pegou a pena de 16 anos e 4 meses. Após o júri, os réus foram levados para o CDP.

O júri popular teve inicio na quinta-feira por volta das 09h e perdurou durante todo dia. À noite, o julgamento foi suspenso já próximo das 21h. Os sete jurados foram levados para um hotel, onde descansaram.

Na sexta-feira, segundo dia de júri, o plenário recebeu um bom público onde assistiu as testemunhas deporem perante o juiz.

Mais tarde entrou em cena o debate representado pelo MPE, através do promotor de justiça Danilo Pretti Vieira e advogados de defesa dos quatro presos.

Após ouvirem testemunhas, MPE e advogados de defesa, o conselho de sentença mediante votação sigilosa reconheceu por maioria, a materialidade e autoria do delito de homicídio qualificado (mediante paga e promessa de recompensa, bem como dissimulação) aos acusados Samuel e Mailson.

Quanto a Joicemara, o conselho de sentença reconheceu a materialidade delitiva, mas, por maioria de votos, respondeu “NÃO”, no segundo quesito, afastando a autoria. E por fim, em relação a Pedro o conselho de sentença reconheceu por maioria e materialidade e autoria do delito, mas respondeu “SIM”, ao terceiro quesito, absolvendo-o.

O júri que foi presidido pelo juiz de direito Vagner Dupim Dias terminou próximo das 23h desta sexta-feira.

Entenda o caso

O jardineiro, Odálio Santos da Silva, 46, conhecido como Dário sofreu uma emboscada ao ir até um local pacato e com poucas moradias no setor Industrial, aos fundos da empresa Café Juína. Segundo a polícia civil, ele recebeu uma ligação de uma mulher para prestar limpeza de terreno no dia anterior ao crime.

Ao chegar ao local combinado, Dário foi surpreendido por dois rapazes numa moto que se aproximaram e atiraram. O crime foi nas primeiras horas do dia 1 de setembro de 2017.

Diante das informações, investigadores iniciaram as diligências que perdurou toda a sexta-feira (01) e inicio da madrugada deste sábado (02), e tiveram êxito em prender os envolvidos e apreender uma das armas utilizada no crime, um revolver calibre 38.

Em Juína – Primeiro foi presa Jocimara Baltazar de Moraes, 21, que conforme a polícia foi ela que atraiu a vítima até o local do crime, depois o cunhado dela Mailson José de Souza, 29, e por último numa propriedade rural sentido Castanheira, seu esposo Samuel Alves dos Santos, 24, que portava um revolver calibre 38.

Mailson iria receber uma quantia em dinheiro para fazer o “serviço”, ele pilotou a motocicleta Titan de cor vermelha e Samuel efetuou os disparos.

Segundo a Polícia Civil, a morte do jardineiro havia sido encomendada por Pedro Junior Siara, 46.  Os motivos para a “encomenda” é que a vítima teria “assediado” a filha dele.

No momento em que foi preso, Samuel que é foragido de Colniza, onde cometeu outro homicídio confessou que junto com Mailson e sua esposa arquitetaram e perpetraram a execução de Odálio.

Em Colniza – Pedro foi preso também na manhã seguinte ao crime por investigadores da delegacia de Colniza, ele não reagiu à prisão e foi conduzido a delegacia.

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