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Dor na Coluna – O que fazer para aliviar a dor?


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A dor na coluna é um sintoma muito comum e costuma melhorar após alguns dias na maioria dos casos. Em casos persistentes, pode demorar semanas ou até meses, necessitando um tratamento clínico especializado. Para dor na coluna associada a outra complicação, o acompanhamento médico é fundamental no controle da dor e boa evolução do problema.

O tratamento para dor na coluna, dependendo da causa, pode englobar desde o uso de medicamentos, reabilitação motora, atividades físicas e cirurgia. Os procedimentos cirúrgicos raramente são necessários e reservados a casos mais graves e sem resposta ao tratamento tradicional.

Quando falamos em procedimentos cirúrgicos, é importante frisar que atualmente há técnicas como a cirurgia minimamente invasiva da coluna, realizada em menos tempo, com mínimas incisões e com bons resultados.

Cerca de 80% dos adultos irão sentir dor na coluna alguma vez, ao longo da vida. Apesar dessa alta prevalência, apenas 2 a 5% da população procuram auxílio médico anualmente.

Vejamos a seguir, as causas, sintomas e como aliviar a dor na coluna.

Qual o motivo da dor na coluna?

As causas mais comuns de dor na coluna são:

Origem muscular (tensões, contraturas, estiramentos e entorses)

Quando falamos de causas musculares, devemos associar os componentes de stress, ansiedade, tensões e sobrecargas que ocorrem em nossa rotina. Esses componentes são fundamentais na fisiopatologia da dor muscular pois aumentam a intensidade e a duração da dor.

A dor na coluna causada por entorses e estiramentos musculares na maioria das vezes está associada a exercícios mal conduzidos ou posturas anti-fisiológicas. Nesses casos podemos ter desde uma simples inflamação até a ruptura de fibras musculares.

Diferentemente de outras partes do corpo, algumas lesões musculares na coluna vertebral podem levar várias semanas para cicatrizar. Nesse período, algumas medidas terapêuticas devem ser instituídas para o correto restabelecimento da função.

É importante o diagnóstico correto e o tratamento pelo especialista em coluna. A boa notícia é que mais de 90% dos casos são de tratamento clínico e têm ótima evolução.

Dor Discogênica

Outra causa muito frequente de dor na coluna é a dor discogênica, ou de origem no disco intervertebral.

O disco intervertebral é uma estrutura presente entre as vértebras da coluna que apresenta uma camada externa mais rígida (ânulo fibroso) e uma camada interna mais macia (núcleo pulposo). Suas principais funções são o amortecimento de cargas exercidas na coluna ao nos movimentar, e auxílio na mobilidade entre as vértebras.

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A degeneração e desgaste do disco intervertebral está presente em todos os indivíduos em diferentes graus. À medida que envelhecemos, o núcleo pulposo do disco vai desidratando e se tornando menos macio.

O ânulo fibroso também vai sofrendo degenerações e lacerações ao seu redor (fissura do ânulo fibroso). Com isso, iniciam-se sintomas dolorosos na região da coluna e que podem eventualmente irradiar para algum membro pela compressão dos nervos próximos aos discos (raízes nervosas – dor ciática).

A idade mais comum da dor na coluna decorrente da degeneração dos discos ocorre entre 35 e 55 anos de idade.

Padrões comuns de dor na coluna e sintomas

Os locais mais comuns de dor na coluna são: coluna cervical e coluna lombar. Isso se deve ao fato desses dois segmentos da coluna vertebral terem mais mobilidade e estarem mais sujeitos ao stress e sobrecarga do dia a dia. A coluna torácica é um segmento mais rígido e estável, portanto é mais raro de ser acometida.

A dor na coluna vertebral pode ser identificada genericamente como dor na coluna ou conforme a localização da dor:

  • Cervicalgia (cervical)
  • Dorsalgia (torácica)
  • Lombalgia (lombar)

São padrões comuns para desencadear a dor na coluna:

1) Desordens estruturais da Coluna

As desordens estruturais da coluna vertebral, como uma degeneração do disco intervertebral (protrusão ou abaulamento do disco), frequentemente resultam em dor que é agravada por atividades físicas ou situações de permanência na mesma posição por longos períodos de tempo.

O alívio da dor muitas vezes está relacionado ao repouso ou a mudança de posição, por exemplo, alternar da posição sentada para a posição em pé.

Se a dor é do tipo discogênica (origem no disco intervertebral), a dor costuma piorar na posição sentada, levantando ou carregando pesos (principalmente movimentos de flexão e torção do tronco).

Se a dor é de origem facetária (desgaste ou artrose das facetas/ articulações da coluna vertebral), a dor geralmente piora com atividades que tenham extensão do tronco e longas caminhadas. É interessante observar que em ambos os casos pode haver dor irradiada para algum membro devido à compressão de alguma raiz nervosa (dor ciática)

2) Desordens inflamatórias da Coluna

Desordens inflamatórias da coluna são um grupo de doenças de origem reumatológica e que podem ter uma série de sintomas associados.

Esse tipo de dor na coluna inflamada geralmente é pior pela manhã e melhora com a atividade durante o dia. Pode piorar com um período de inatividade durante o dia.

Geralmente, há rigidez articular associada e pode haver outros sintomas articulares (inchaços, dores nos ombros, joelhos, quadris e outras articulações, por exemplo).

Há também um grupo de doenças chamadas de espondiloartropatias muito associadas com dor na coluna (espondilite anquilosante, artrite psoriática, síndrome de Reiter), que muitas vezes causam sacroileíte.

O diagnóstico é essencialmente clínico e auxiliado por alguns exames de imagem e marcadores sanguíneos.

3) Infecções da Coluna

O padrão de dor na coluna em pacientes com infecção é geralmente mais intenso à noite. Pode haver associação de calafrios e sudorese noturna.

Na maior parte dos casos a infecção se inicia em outra parte do corpo e posteriormente acomete a coluna, sendo mais comum o acometimento do disco intervertebral em crianças (discite infecciosa).

4) Traumas na Coluna

Traumatismos e fraturas na coluna podem causar dor em diferentes intensidades.

Uma simples contusão muscular pode levar a alguns dias de dor, sendo que fraturas e luxações podem evoluir com dor por meses e até necessitar de tratamento cirúrgico. Na maior parte dos casos a dor é autolimitada e o tratamento clínico com colete é suficiente.

5) Tumores na Coluna

Indivíduos com dor na coluna ocasionada por tumor geralmente tem o sintoma mais intenso à noite e mesmo em repouso. A dor pode estar relacionada ao processo neoplásico em si, à instabilidade vertebral ou compressão de estruturas neurológicas.

Pode haver outros sintomas sistêmicos associados (perda de peso, mal estar, perda de apetite, etc).

6) Osteoporose na Coluna

Em paciente com osteoporose é relativamente comum o surgimento de fraturas por insuficiência nas vértebras. Essas fraturas ocorrem com traumas leves ou mesmo sem traumatismo aparente.

Nesse tipo de fratura há o aparecimento súbito de dor na coluna, a qual é intensa nas primeiras 6 a 8 semanas. A dor é agravada pela atividade e movimentos de flexão e torção do tronco.

Quando a dor na coluna pode ser preocupante?

A dor na coluna é preocupante se estiver piorando ou não houver melhora em uma semana. Independentemente da origem da dor na coluna, é fundamental uma avaliação médica com especialista da coluna.

Outros fatores importantes para serem considerados são:

  • Irradiação para os membros (formigamentos, dormências, fraquezas)
  • Perda de controle da bexiga ou intestino
  • Perda de peso
  • Febre
  • Dificuldade para andar
  • Desequilíbrio

O que fazer para aliviar a dor na coluna e como prevenir?

1) Mantenha-se ativo: procure fortalecer a musculatura ao redor da coluna vertebral (paravertebral, multífidos, abdome/ CORE, etc). A musculatura dos membros inferiores também é importante. Uma fraqueza nesta região sobrecarrega a coluna e pode desalinhá-la.

2) Postura: manter uma postura correta no dia-a-dia irá eliminar a maior parte das causas de dor na coluna (saiba qual a postura correta) e evita alterações estruturais.

3) Alongamento: especialmente quando se faz trabalhos que exigem esforço repetitivo ou manter-se muito tempo em uma posição. É importante movimentar-se de tempos em tempos para alongar o corpo.

4) Atividades aeróbicas: além do fortalecimento da musculatura, é essencial o treino aeróbico para controle do peso e melhor função cardiorrespiratória.

5) Obesidade: excesso de peso sobrecarrega a coluna e, também, pernas, pés, joelho e quadril, gerando um desalinhamento postural ao andar ou se movimentar.

6) Pare de fumar: o tabagismo é um fator de risco significativo para a degeneração precoce do disco intervertebral. Contribui para desidratar o disco intervertebral, aumentando o atrito entre as vértebras, ocasionando a dor na coluna.

7) Controle do stress: situações estressantes do cotidiano, tensões musculares, nervosismo e ansiedade aumentam o nível de dor e dificultam o tratamento e relaxamento da musculatura (saiba mais dicas para uma coluna saudável).

8) Compressa morna e massagem: pode ser feita pelo próprio paciente em momentos de crise, como forma de relaxar a região e aliviar a dor.

Para uma boa evolução, o diagnóstico deve ser precoce e o tratamento instituído deve ser bem disciplinado.

 

 

Publicações Científicas:

Sociedade Brasileira de Coluna – https://www.coluna.com.br/
AO SPINE – https://aospine.aofoundation.org/
Sociedade norte americana de cirurgia de coluna – https://www.spine.org/

 

https://www.drlucianopellegrino.com.br/artigos

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