Saúde
Dor de cabeça é coisa séria: 4 situações que pedem uma consulta
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Embora para muitas pessoas a dor de cabeça pareça ser algo comum em sua rotina, ela nunca deve ser ignorada ou negligenciada, principalmente, quando acontece com frequência e de forma intensa. Afinal, é um sintoma bastante recorrente em diversas doenças sérias, e que podem afetar a sua qualidade de vida de diferentes maneiras.
A dor de cabeça pode se manifestar de formas distintas, dependendo da doença com a qual está associada. Na enxaqueca, por exemplo, a dor é latejante, começa aos poucos e vai se intensificando. Saber quais são as enfermidades que causam dores de cabeça é essencial para tratar o problema da forma correta e se livrar dele o quanto antes.
Você sofre com dores de cabeça? Neste post, veja em quais situações é necessário buscar ajuda médica!
Por que não devemos ignorar a dor de cabeça?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia, a dor de cabeça atinge cerca de 140 milhões de brasileiros, sendo considerada uma das doenças mais incapacitantes no Brasil e no mundo. O incômodo é sempre sinal de que algo no seu organismo está errado, visto que é um sintoma que ocorre em muitas patologias, desde as mais leves até as mais graves.
Ao sentir a dor de cabeça com frequência, muitas pessoas acabam se automedicando com analgésicos, o que não é aconselhável. Isso porque os remédios podem aliviar a dor por um momento, mas acabam mascarando o verdadeiro problema, fazendo com que se agrave com o passar do tempo.
A maioria das doenças é mais fácil de tratar quando a descoberta ocorre rapidamente. Por outro lado, as patologias diagnosticadas tardiamente podem se tornar mais resistentes ao tratamento. Sem falar que quando a dor de cabeça é negligenciada, a tendência é que se repita e afete a produtividade e a qualidade de vida da pessoa.
Quais são os tipos de dor de cabeça em que o médico deve ser consultado?
Após um dia estressante, você pode sentir uma dor de cabeça, mas na manhã seguinte, já está bem. Porém, se essa dor for intensa e continuar, ou se passa, mas retorna com frequência, é um sinal de que a melhor coisa a se fazer é procurar ajuda de um profissional de saúde. Veja, a seguir, quando a dor de cabeça pede uma consulta médica.
1. Enxaqueca
A enxaqueca pode ser descrita como uma dor de cabeça mais intensa e pulsante que, em algumas crises, pode vir acompanhada de náuseas, vômito, sensibilidade à luz ou ao som e tonturas. Geralmente, a dor de cabeça da enxaqueca varia da intensidade moderada à intensa.
Outro fator para o qual você deve dar atenção é o tempo de duração da crise, que pode ser de minutos a horas, ou acontecer por 72 horas seguidas. A dor pode se manifestar mais em um dos lados da cabeça, além de desencadear sintomas que afetam a visão e causam dificuldade de contração. O tratamento da doença costuma ser feito com a introdução de analgésicos.
2. Estresse
Em situações de estresse e ansiedade, o nosso organismo libera cortisol e adrenalina — hormônios responsáveis por aumentar a frequência cardíaca. O resultado disso é a dor de cabeça provocada pela vasoconstrição, ou seja, a redução do diâmetro dos vasos que atuam na irrigação da cabeça.
Nesse caso, além de tratar a dor de cabeça em si por meio de medicação adequada, é fundamental que o paciente aprenda como diminuir o estresse. O combate à ansiedade com exercícios é uma ótima iniciativa para reduzir os episódios de dor de cabeça, uma vez que a prática de atividades físicas estimula o corpo a produzir endorfina e serotonina — hormônios que nos ajudam a relaxar, melhoram o humor e contribuem para o bem-estar.
3. Sinusite
A sua dor de cabeça ataca quando o clima está seco? Esse pode ser um indício de que o sintoma está associado à sinusite, que é uma doença desenvolvida a partir da inflamação dos seios nasais, o que causa dores de cabeça e na face. Sua intensidade pode aumentar quando a pessoa abaixa a cabeça ou se deita.
As crises de sinusite podem ser provocadas por agentes infecciosos, como vírus, fungos e bactérias, que se espalham com maior facilidade no clima seco, e fatores alérgicos. Quem sofre de sinusite não tem apenas dor de cabeça, mas também, dor ao redor do nariz e dos olhos, tosse, congestão nasal e coriza, mau hálito e febre.
A patologia deve ser tratada com analgésicos, remédios anti-histamínicos e descongestionantes. Embora o problema não possa ser curado totalmente, com o tratamento adequado, é possível aliviar as dores e levar uma vida mais saudável.
4. Cefaleia em salvas
A cefaleia em salvas é classificada com uma enfermidade rara, que se manifesta a partir de dor muito forte na cabeça, como se fosse uma fisgada, afetando somente um lado da face e o olho. Na maioria das vezes, a doença começa a dar sinais enquanto a pessoa está dormindo, fazendo com que o seu sono seja interrompido. Porém, as crises também podem se repetir durante o dia.
O paciente pode notar, também, corrimento nasal, inchaço e vermelhidão da pálpebra, e lacrimejamento do olho em que a dor está localizada. Infelizmente, a doença ainda não tem cura, mas pode ser tratada com anti-inflamatórios que ajudam a atenuar os sintomas da cefaleia em salvas.
Quando buscar ajuda médica?
De modo geral, quando a dor de cabeça deixa de ser algo passageiro e passa a fazer parte da sua rotina, com episódios frequentes, é bom buscar ajuda médica o quanto antes. O mesmo vale quando se manifesta de forma muito intensa.
Também é necessário ficar de olho em outras alterações que o seu corpo sofre quando a dor de cabeça se inicia. Dessa maneira, você poderá explicar melhor o seu caso para o profissional de saúde, que terá mais facilidade para chegar a um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado para o seu quadro clínico.
A dor de cabeça pode ser desde resultado de um dia de estresse até o sintoma de uma doença mais séria. Por isso, é imprescindível observar quando ela acontece e o que causa no seu corpo. Ao notar que o problema persiste, evite a automedicação e procure um médico da sua confiança, que permite descobrir e tratar enfermidades com maior eficiência.
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Revisão técnica: Alexandre R. Marra – pesquisador do Instituo Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).